O “reconhecimento” em Itália
 
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O “reconhecimento” em Itália

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Luigi LamonicaContactar com diferentes tipos de culturas e diferentes campeonatos internacionais, faz-me perceber as grandes e pequenas diferenças, mas acima de tudo, faz-me ter uma visão bem mais ampla da modalidade.

Ainda me recordo o primeiro ano que trabalhei nos Estados Unidos. Estávamos em 2006 e quando aterrei na Carolina do Norte as expectativas eram enormes, mas acabaram por ser muito maiores às que tinha imaginado. Quando comecei a desejar ter diferentes experiências fora do país sempre me fascinou os pequenos pormenores de cada um deles. Nos Estados Unidos, (no meu primeiro ano num liceu = Sub18), o que me despertou logo a atenção, foi o facto de todos os jogos terem 3 árbitros sendo que a mesa era composta por duas folhas de jogo, uma feita por um representante da equipa A e outra pelo representante da equipa B, ficando o marcador a cargo de um funcionário do pavilhão/escola. Achei interessante o facto de se canalizar os recursos financeiros totalmente para se ter 3 árbitros e prescindir da mesa, estamos a falar do escalão de sub18 (uma medida a pensar para o nosso basquetebol).

Em Espanha o que mais me chamou a atenção foi, nos jogos de formação, serem arbitrados por vezes apenas por 1 árbitro, sendo que uma vez que não há 2 árbitros para todos os jogos, mais vale 1 do que nenhum. Esta é uma medida que continuo sem entender porque razão é que não se aplica em Portugal, a figura do árbitro é fundamental para o desenvolvimento do atleta, especialmente na formação, no entanto continua-se a optar por nenhum árbitro em vez de apenas 1.

Ao chegar a Itália procurei os mesmos pequenos pormenores e posso dizer que dos 4 países onde já trabalhei o mais curioso dos pormenores encontrei aqui.

No dia dos jogos, tal como em Portugal, os atletas têm o momento em que irão aquecer antes dos 20 minutos oficiais começarem a decrescer para o início do jogo, após o regresso ao balneário e antes dos 20 minutos começarem a contar, é obrigatório realizar um acto que se chama “reconhecimento”.

O reconhecimento é algo que considero curioso e ao mesmo tempo de grande valor para o jogo que se segue. Sendo assim, à porta do balneário dos árbitros, uma equipa de cada vez coloca-se para ouvir o árbitro principal (mais os restante elementos da equipa de arbitragem/oficiais de mesa) dar as boas vindas ao jogo, apresentando-se e falando sobre alguns aspectos em ter em atenção para a partida, seja no âmbito das regras, seja noutro assunto relacionado com o jogo, este é o aspecto de mais-valia.

Após isto, vem o aspecto curioso, o árbitro com todos os cartões de identificação na mão chama 1 jogador de cada vez pelo seu último nome, o jogador tem que dizer em voz alta o seu primeiro nome, o seu número e mostrar o número na camisola (caso tenha a camisa de jogo tapada).

O trabalhar em diferentes países, o querer sair da zona de conforto, o querer mais do que o que está à nossa frente dá-me uma capacidade enorme de perceber que o crescimento pessoal, profissional e emocional é fundamental para me tornar melhor treinador.

Tal como no processo de treino, nos X´s e O´s, os pormenores são fundamentais e estes que vos relatei considero fundamentais, até porque nos três exemplos, a figura do árbitro é referida e nos mesmos, a figura do agente actua apenas com um propósito, ser mais um interveniente na formação e desenvolvimento do mais importante do jogo: o atleta!

Nuno Tavares
+39 347 339 8969
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ISY

 

Comentários 

 
0 #1 Paulo G. Sousa 25-10-2016 17:07
Excelente esta partilha de experiências que está a ser praticada pelo Nuno e os diferentes exemplos apresentados. Curioso também o enquadramento no último artigo apresentado pelo San Payo.
No conjunto teremos a necessidade de valorização do respeito a praticar pelos intervenientes (dirigentes, treinadores, árbitros, atletas e enc. educação) sendo que a acção de "reconhecimento" apresentada valoriza a relação e pode ser muito importante para que exista, antes do jogo, uma interacção entre todos os intervenientes não esquecendo que, em formação, os treinadores têm a responsabilidad e de assegurar o exemplo nas suas atitudes. Estes exemplos, como rotinas, são depois assumidos pelos restantes intervenientes (ex.: enc. educação). Paralelamente, a utilização nos escalões de formação de 1 árbitro (e não 2 ou 0) com apoio dos clubes na disponibilizaçã o de elementos para fazer mesas de jogo permitiria envolver gradualmente e voluntariamente novos elementos nas necessidades competitivas.
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