Não deixa de ser curioso que o tema da arbitragem seja por que ângulo seja abordado é sempre um tema que mexe com as pessoas, e como referi no meu último artigo é um tema sobre os quais todos têm uma opinião.
Com opinião, mais fundamentada ou menos fundamentada, este tema suscita sempre muitas emoções.
Com tantos temas sobre o qual escrever não me quero alongar muito mais sobre este assunto, sem contudo reforçar a ideia expressa pelo Carlos Santos num comentário ao meu artigo anterior. “Vamos com tudo e com todos, tentar inverter esta tendência e melhorar o nosso basquetebol regional” e o basquetebol nacional acrescento eu.
Não tenham dúvidas sempre foi muito mais fácil ver o que nos divide do que encontrar o que nos possa unir. Procurar o que nos pode dividir é o caminho fácil. Encontrar o que nos deve unir é o caminho mais difícil. Fazer diagnósticos, apontar erros, ou entrar na maledicência é o que custa menos. Apresentar soluções é o que se torna difícil.
Nas minhas longas andanças pelo país fora, nos dezasseis anos como director técnico do minibásquete da Federação contactei e aprendi com muita gente. Uma frase que nunca mais esqueci aprendi-a no Torneio dos Salesianos do Porto, um dos melhores eventos de minibásquete do país, que actualmente é dedicado à Fernanda Maia, excelente dirigente do clube.
Contudo, este evento, foi em tempos dedicado ao Vitor Barreto e foi com ele que aprendi uma frase que muito utilizo, “Não me tragam os problemas, tragam-me as soluções.” Se um grupo alargado de agentes dirigentes, treinadores, árbitros e jogadores, não teremos que ser todos pois haverá sempre gente pronta a ser do contra, não se unir como pretende o Carlos Santos, dificilmente algum dia diminuiremos a situação de carência de árbitros. Ao amigo Carlos Santos e toda a sua equipa, votos de um bom trabalho, pois o êxito da equipa que lidera será o sucesso da modalidade, que todos dizemos gostar. Contribuirá certamente para o sucesso do basquetebol.