É no que se poderão constituir quantos, por uma razão ou outra, ao não revelarem interesse ou, o que será mais grave, denotarem ausência de memória,

relativamente a uma qualquer proposta/sugestão apresentada e devidamente fundamentada, correspondendo a um convite, então, formulado.

Estamos a referir-nos a um convite que a FPB nos endereçou, na pessoa do seu vice-presidente, Miguel Pereira, visando a apresentação de uma comunicação no Fórum Basquetebol Primeiro, que viria a ter lugar em Coimbra, 11 de Julho 2015.

Comunicação a que viríamos intitular de: "Valorizar o jogador e o nível da prática do jogo - Que prática transformadora? Com o subtítulo : A importância do Coordenador Técnico, e que apresentámos e desenvolvemos nesse tão prestigiado e prestigiante evento, mas que até hoje não terá encontrado eco.

E é sobre este subtítulo que nos iremos debruçar, neste ciclo de "ensaios", ora iniciado e que se prolongará a partir de 05 Janeiro, uma vez que a 22 do corrente - em plena quadra natalícia -, de bom tom constituirá uma serena abordagem à necessidade de cooperação, com espírito solidário e generoso, num modesto contributo à nossa querida modalidade.

Situemo-nos, então : "A importância do Coordenador Técnico", que, em primeira análise, visava a criação de incentivos para a implementação da função de coordenador técnico em cada um dos clubes.

Tendo em consideração o que o nosso sistema desportivo desenvolve e proporciona, e face às condições existentes, devem os clubes constituir-se em produtores de conhecimento, otimizando, para o efeito, os recursos humanos de que dispõem, divulgando o seu projeto e as suas iniciativas.

Nesta linha de rumo, correspondendo à otimização dos recursos, por parte do executivo de cada um dos clubes, deverão os mesmos evidenciar a capacidade de com visão alargada, face à necessidade de inovação dos conceitos, desenvolver novos conhecimentos, com um planeamento que estabeleça objetivos e que defina a estratégia para os concretizar, com uma prática que se deseja transformadora.

Prática transformadora, advinda de um bem conseguido campo experimental, com base numa organização e sistematização que seja capaz de conduzir, no espaço temporal mais adequado, à criação, no seu seio do "edifício-atleta", valorizando o jogador e o nível da prática do jogo.

E é aqui que surge a necessidade, quanto a nós absolutamente decisiva, da criação e institucionalização da função de coordenador técnico, em cada um dos clubes.

Para o efeito reclama-se a criação de um Grupo Específico, a integrar na Direção Técnica Nacional da FPB, para a melhor operacionalização desta proposta/sugestão.

Como acima referimos, até hoje não terá encontrado eco..., interroguemo-nos: por não ter interesse ou por ausência de memória?

Circunstância que nos terá sugerido o título deste "ensaio": "...Navegadores sem bússola". Frase que, a ser completada, e em respeito para com o seu autor, corresponderá a: "As pessoas sem memória são navegadores sem bússola".

Autor que se dava pelo nome de João Lobo Antunes, recentemente falecido - paz à sua alma! -, célebre neurocirurgião, por muitos considerado "Príncipe da Medicina", que era o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, e para quem a medicina não podia perder a sua face humana.

Confessemos que, por imensa consideração e respeito a este grande vulto, iremos regressar a 22 de Dezembro com uma questão técnico-pedagógica, com espírito solidário e generoso, que a todos nos deverá irmanar nessa tão especial Quadra Natalícia.

Até lá, e bom Basket!