Bom Natal e não Boas Festas
 
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Bom Natal e não Boas Festas

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Humberto GomesEm tempo de Quadra Natalícia, talvez que mais propício a uma atenta e serena reflexão, é o que queremos desejar a quantos, de maneira abnegada e responsável,

emprestam o melhor de si para, em prol de uma causa nobre, com eficiência - fazendo bem - e com eficácia - fazendo certo - valorizam o jogador e o nível da prática do jogo.

Será com esse precioso contributo que, avaliando e formulando algumas ideias concretas, respeitando princípios sobre as mais e as menos valias do denominado "trabalho no terreno" que, orientando a bússola para o melhor caminho, se conseguirá chegar com a nau a bom porto.

Bom Natal, corresponderá a um processo ensino-aprendizagem em que, como questão a resolver, absolutamente decisiva, a constituir como que imagem de marca, para o tal "trabalho no terreno" a desenvolver, será o de ter presente que ganhar ou perder é apenas o resultado de um jogo, de uma competição, enquanto que, como acima referimos, com eficiência - fazendo bem - e com eficácia - fazendo certo - não dependem disso.

Boas Festas, ao invés, corresponderá, em estilo "roda livre" - sem regulação e mediação adequada -, a uma neutra designação, que tanto pode dar para uma celebração cristã como para uma qualquer manifestação de origem pagã.

Daí, a analogia feita, para caracterizar a diferença abismal entre Bom Natal e Boas Festas.

Lou Carnesecca, um dos mais conceituados treinadores de sempre dos EUA, de há muito nos transmitiu: "O fulcro do basquetebol, não reside nos sistemas táticos ou nos exercícios que utilizamos, mas sim naquilo que, por via deles, cada treinador consegue ensinar e fazer melhorar os jogadores com quem trabalha".

Num destes últimos dias, pela primeira vez no decorrer da presente época, tivemos oportunidade de assistir a dois períodos de um jogo do escalão de formação e, Santo Deus (!), tanta forma, tantas (tentativas de) jogadas, com reposições de bola com 4 em linha (e ninguém à pesca...), tantos bloqueios duplos e diretos que, pasme-se ! - invariavelmente conduziam ao aparecimento de um convidado não bem recebido: o turnover.

De uma vez por todas, o treinador tem sob os seus ombros a tremenda responsabilidade de poder influenciar e desenvolver não só a prestação física e técnica-tática dos praticantes, como também a não menos importante tarefa da formação e personalidade dos jovens que treina, gerindo e aplicando o seu conhecimento no momento oportuno.

Equacionemos esta realidade, infelizmente presente em muitas situações : O treinador solicita um time out e, com o milagroso quadro, "ensaia" (terá sido objeto de ensino?) uma jogada, com base numa reposição de linha final, em que com 4 em linha (e ninguém à pesca...) se vai traduzir - qual poção mágica de objetivo... num turnover.

Relacionado com esta problemática - quantas vezes dolorosa e desmotivadora... - naturalmente que estará a infelizmência de treinar, treinar, sem primeiro se ensinar. É que para "dar um bom treino" (ensinando primeiro) haverá que ter consciência e equacionando que é uma partícula do muito que haverá a fazer, corresponderá a ir ao encontro das necessidades do atleta e de que só fará sentido se verdadeiramente o motivar ao ponto de desencadear nele o potencial de o poder recordar (o treino, antecedido do ensino) pela vida fora.

Ainda próximos desta triste realidade, relataram-nos que numa recente sessão tática - tão extensa que se aliava à desconcentração...-, um treinador fez sentir aos seus (que, afinal, bem vistas as coisas, não dele...) jogadores que : "temos de ensaiar mais jogadas, porque os adversários já conhecem as que temos". Mas, o mais grave, é que se se perguntar ao jogador se havia percebido, a resposta - pasme-se, ou talvez não...! - é de que : "Não!"

As jogadas : inimigas públicas do que deve representar, com base num determinado modelo de jogo, o caminho para conduzir o atleta a um desenvolvimento integrado e progressivo do pensamento, da memória, da criatividade e da alegria em desfrutar o jogo. Impõe-se, de fato, um não determinado a este estado de "coisas". Razão pela qual nos ocorreu a analogia a Um Bom Natal e não Boas Festas.

As próximas Festas (uma coincidência) do Basquetebol, no estado em que as "coisas" estão a ser (des) conduzidas, face ao não desenvolvimento harmonioso da evolução do jogador e do nível da prática do prática do jogo, irão sentar-se no banco dos réus.

Fiquemos com a esperança de que com estes processos de aplicação da FORMA, em detrimento da sistematização e aplicação dos CONTEÚDOS, esses ditos treinadores possam arrepiar caminho e tomarem, então, consciência de que não haverá nunca "almoços grátis", os quais, cedo ou tarde, pagarão a fatura com repercussões negativas na evolução do jogador e do consequente (des) nível da prática do jogo.

Regressaremos a 5 de Janeiro com "Navegadores sem bússola" - (II).

Até lá, e bom Basket.

E, entretanto, Um Santo e Feliz Natal para todos.

 

 


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