Quem tem medo do jogo do “gigante e anão”?* O minibásquete não é o jogo do gigante e anão, certamente que não! Mas os mais desatentos nem imaginam,
ou não sabem porque nunca tiveram o cuidado de me perguntar o aproveitamento que eu faço a partir dessa brincadeira para o ensino dos fundamentos do basquetebol. Bem recentemente em conversa com a Christine Silva, treinadora de muitos jamborees, e actualmente no CLIP, aprendi mais uma imagem, que me agradou e a qual adaptei ao jogo do gigante e anão e que me facilita, através de uma forma lúdica a noção da posição defensiva. A Chris ensina os seus jovens jogadores, que quando o seu adversário directo pára o drible eles se devem transformar em gigantes, levantando os braços e o centro de gravidade para dificultar o lançamento e o passe. Desta forma quando o adversário pára o drible ela dá a instrução de “gigante”. Esta imagem levou-me a introduzir, mais uma, às diversas alterações que faço na brincadeira do gigante e anão, que seguidamente potencio na defesa do 1x1.
Deste modo ao jogo do gigante e anão eu junto-lhe mais uma informação que é “ninja”, (que não é mais do que a posição defensiva base, com as pernas flectidas, braços afastados, mãos à altura dos ombros, com palmas viradas para fora, etc.) Este exercício a partir do qual exploro posições defensivas é uma terceira peça do lego, entre muitas outras, que utilizo para ensinar a defender.
No próximo artigo irão ver como as “peças de lego” que apresentei neste e nos dois anteriores artigos introduziram de forma lúdica uma série e noções, que uma vez adquiridas, facilitam muito a aprendizagem da defesa do 1 x 1.
Mas podem os meus críticos e alguns detractores do meu trabalho ficar descansados, pois eu asseguro-vos que embora seja apenas uma das múltiplas formas que utilizo para a aprendizagem dos fundamentos, não fico a época inteira a fazer as diversas variantes do gigante e anão.
*O jogo do Gigante e anão e algumas das suas variantes pode ser consultado no Manual de Minibásquete disponível no site da FPB.
