Entre a infinidade de particularidades que diferenciam o ser humano, uma delas é que uns preferem ter espaço para serem criativos, outros preferem que se lhes organize o tempo,
as tarefas e que se lhes diga tudo o que têm que fazer. Uns só conseguem trabalhar com regras, os outros detestam regras.
Ninguém é 100% um ou outro, mas sempre temos tendência para nos inclinarmos para um deles. O que muitas vezes, em ambiente de grupo, ou equipas, pode tornar-se um desafio...
Sempre costumo dizer que o segredo está no equilíbrio, que é bom termos dentro de nós momentos e contextos em que apliquemos mais regras e também momentos e contextos em que apliquemos mais a criatividade. Numa equipa a mesma coisa, devemos respeitar a individualidade de cada atleta, equilibrar uns com os outros, criando um grupo equilibrado.
Mas hoje vou sair um pouco do equilíbrio, e torcer a favor da criatividade.
Vamos passar a fase da discussão em que obviamente são precisas algumas regras desde horários organização logística, até às táticas ofensivas e defensivas dentro de campo. Passando isso, principalmente na formação, é extremamente necessário deixar os atletas criar.
O mundo está a evoluir para um lugar onde uma das características mais requisitadas será a criatividade. Ser criativo está a tornar-se uma regra!
As grande empresas pedem cada vez mais pessoas que cheguem e, do nada, criem alguma coisa! Então porque estamos a educar as pessoas, os alunos, e também oa atletas, a não pensar?
- Quantas possibilidades existem depois de jogar um bloqueio direto?
- Quantas possibilidades existem ao jogar contra-ataque?
- Quantas possibilidades existem no um contra um?
Quando um atleta comete um erro, não devemos confrontá-lo com o que ele não devia ter feito, mas sim com a possibilidade de coisas que ele poderia ter feito. O que queremos é aumentar a escolha, para que ele aprenda a decidir corretamente.
Senão o que vai acontecer é muito do que temos visto, atletas dependentes, sem soluções nos momentos de aperto, e que desistem porque na dificuldade, não sabem o que fazer.
Quanto mais controlamos, menos ensinamos. Já para não entrar no tema de que, o controlo estraga a relação, mas a confiança e a liberdade, aumentando a criatividade, cria confiança.
O ideal é que dentro das regras (táticas, jogadas, etc), exista espaço para o atleta ser quem é, criar, ser único, e sentir-se útil para a equipa. O que te faz sentir útil é o facto de teres algo novo para trazer ao grupo. Se forem todos iguais, qualquer um chega e faz o mesmo.
Quem não se sente útil, não se sente motivado, e acabará por desistir. Quem se sente útil pelo que é, a motivação é crescente, a vontade de melhorar torna-se uma bola de neve, e o ciclo de desenvolvimento irá sem dúvida alguma contagiar o resto do grupo.
Até para a semana!
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Nádia Tavares
Psicóloga - Coach Certificada - Practitioner PNL
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