O projecto “Clube”
 
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O projecto “Clube”

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O projecto “Clube”O Clube não pode ser só um clube, tem que ser um espaço de formação e educação, um espaço da criação e desenvolvimento de valores, um espaço de conquistas e sonhos.

Um clube tem que ser muito mais do que as 3 vezes por semana mais 1 jogo.

No seguimento do artigo da semana passada, projectos ou falta deles, irei expor algumas ideias dos clubes por onde tenho passado fora do pais, mas também outros clubes que tenho observado e que têm criado uma outro tipo de estrutura.

Eu acredito que um clube deve ser gerido como uma empresa, deve ter os mesmos pressupostos e objectivos gerais, começando logo pela sua estrutura. Uma das coisas que tenho visto em Itália, e que com o passar dos anos os clubes tem apostado muito, é ter treinadores a tempo inteiro. Ter um treinador a tempo inteiro, que normalmente é o treinador de seniores com responsabilidades no trabalho da formação, faz com que o clube adquira uma vantagem em termos do seu planeamento, vantagem essa que cria uma dinâmica completamente diferente do que ter treinadores que irão apenas após o seu trabalho.

Outro cargo importante é ter um manager ou coordenador administrativo que trata de toda a logística e que faz a ligação entre os diferentes treinadores e estruturas dos clubes. Estes dois cargos são fundamentais para serem dados passos sólidos.

Um clube tem que possuir também um departamento financeiro, que perceba realmente qual o verdadeiro valor que cada atleta (ou interveniente), de modo a que se possa ter um orçamento real, algo que falta ao nosso basquetebol, só assim podemos perceber o que podemos oferecer aos atletas.

Tal como uma empresa, os clubes também têm clientes, sendo esses clientes os atletas. Com esses clientes os clubes têm que oferecer mais dos que os 3 treinos mais 1 jogo, até porque os pais não pagam por minutos de jogo, mas sim por um prática da modalidade de qualidade, segura e que proporcione uma evolução formativa/educativa dos jovens. Mas deve também proporcionar outro tipo de oferta aos seus “clientes”, seja a organização em torneios ou participação, organização de campos de férias ou actividades no tem de pausa das aulas, tal como ter uma linha forte de merchandising em termos de vestuário e outros materiais. Estas medidas dão mais valor ao “cliente”, fazem com que os clubes tenham outro tipo de encaixe financeiro e acima de tudo abrem-nos a outras oportunidades.

Outro departamento importante e fundamental nos dias de hoje é um departamento de comunicação. Com as tecnologias e o acesso às redes sociais, estar activo nas mesmas, faz com que os seus atletas/treinadores/pais e comunidade à volta estejam constantemente ligados com o clube, abrindo também uma oportunidade diferente aos patrocinadores.

Finalmente os recursos humanos, fundamentais para que uma estrutura funcione bem, e devem ser escolhidos conforme a visão que queremos ter, o tipo de actividade e a sua direcção. A escolha do perfil indicado dos treinadores faz com que exista uma maior identificação dos atletas/pais e com que o trabalho tenha mais rentabilidade.

Para um clube português, esta realidade é possível, apenas trata-se de mudar o paradigma e o modelo em que o nosso basquetebol está, olhar para o que se faz nos outros países mais evoluídos e depois arriscar. Conheço muitos colegas treinadores que preferem ganhar menos num trabalho a tempo inteiro em algo que amam, do que mais num trabalho que não gostam. Mas esses treinadores também tem que se adaptar aos tempos e, perceber, que as suas competências vão muito para lá do treino, que tem que criar outro tipo de valor às estruturas, seja organizativa, seja financeira.

Um clube é como uma microempresa, e tem que ser gerido como tal, este tipo de alterações fazem com que, em termos de evolução, os clubes possam ter mais liberdade para apontar recursos para o seu principal objectivo, a formação desportiva dos atletas.

O basquetebol português tem que dar este salto, não pode continuar a ser gerido exclusivamente por um grupo de pais ou pessoas que, alem de não serem da área do desporto, dedicam as poucas horas que têm após o seu trabalho ao clube.

Não quero dizer que também não existe valor nestas pessoas ou nestas estruturas mas o desporto actual tem ido na direcção do profissionalismo, mesmo que seja de 1 ou 2 pessoas.

Nuno Tavares
+39 347 339 8969
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