O basquetebol de formação, nomeadamente o minibásquete, apenas tem sentido, quando é genuinamente encarado como uma ferramenta, um processo educativo através do qual são transmitidos uma série de valores.
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King
Infelizmente, todas as semanas me chegam relatos ou podemos ler nas redes sociais situações inacreditáveis, de comportamentos de enorme má educação. Contudo, já para nem falar dos treinadores, que criticando a todo o momento as decisões da arbitragem, potenciam comportamentos incorrectos dos pais, também me questiono sobre o silêncio dos treinadores, que longe de tentar intervir, assistem impavidamente a comportamentos perfeitamente desajustados.
Culturalmente temos algum hábito de apenas referir os maus exemplos e não elogiar os bons exemplos, que felizmente também existem. No sábado passado estive na Arruda dos Vinhos a assistir a um jogo de Sub-13. Mais um jogo sem árbitros, mas com muitos pais de ambos os lados a assistirem ao encontro.
O jogo foi arbitrado com enorme imparcialidade por elementos do clube da casa. Nunca ouvi, de parte a parte, uma chamada de atenção ao árbitro, nem de treinadores, nem da assistência. Vi os treinadores a auxiliarem nas decisões de arbitragem, por exemplo indicando que a bola fora pertencia à outra equipa e vi pais a aplaudirem bons cestos da equipa adversária.
Cereja no topo do bolo, como um dos jovens da equipa forasteira fazia anos, e os pais do aniversariante tinham trazido um bolo, vi o Arrudense proporcionar um espaço com mesas às duas equipas. No final do jogo todos cantaram os parabéns ao aniversariante, na presença dos pais de ambas as equipas. O bolo foi partilhado por todos os jovens e eu saí dali feliz.
Gostei do vi no Arrudense, o trabalho de educarmos e formarmos as crianças é de todos pais e treinadores.
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