Motivo de reflexão
 
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Motivo de reflexão

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altEscrevi na semana passada que ao contrário dos anos anteriores este ano iria alongar-me nas minhas reflexões sobre as prestações das nossas selecções neste último verão. Não gosto de limitar-me a olhar apenas para os resultados imediatos,

gosto sempre de ter uma visão mais globalizada, gosto sempre de ver e saber onde é que surgiram os jogadores das selecções, quais as suas trajectórias, quanto tempo tem de basquete, etc, etc, etc…

Não tenho dúvidas que das tarefas mais difíceis é detectar talentos. A minha semana em Collel e a convivência com Josep Bordas, José Silva, Paco Torres entre outros permitiu-me conhecer a fundo a metodologia dos espanhóis para a difícil tarefa de detectar talentos. Essa tarefa ainda se torna mais difícil, quando o foco deixa de ser a procura de talentos e fica mais centrada nos resultados imediatos das selecções jovens. Vem estas minhas considerações a propósito das trajectórias das nossas selecções de Sub-20 masculinas e femininas.

Em termos absolutos o melhor resultado de sempre das nossas selecções foi o facto de termos sido vice-campeões da Europa no escalão de Sub-16 femininos há quatro anos. Custa-me dizer isto, mas penso que na vida em que ainda tenho pela frente, este é um resultado que nunca mais poderei assistir. A geração que há quatro anos foi vice-campeã da Europa da divisão A, dois anos depois em Sub-18 não foi alem dum quinto lugar na divisão B o que corresponde a uma classificação de 21º lugar e este ano essa mesma geração ficou em 14º da divisão A, o que infelizmente corresponde à descida à divisão B.

A trajectória da geração da selecção de Sub-20 masculina, que ao contrário da geração feminina, jogou sempre na divisão B onde se classificaram em 9º, quando eram Sub-16, em 11º quando eram Sub-18 e em 1º e brilhantes vencedores da divisão B este ano. Em termos absolutos estas classificações correspondem a o 25º, 27º e 17º lugar.

Mas a principal razão, que me levou a escrever este artigo é o tema da detecção de talentos, pelo que para reflexão de todos, vou publicar a composição destas selecções deste ano e de há quatro anos atrás.

Selecção Masculina de Sub-16 de 2015

Diogo Oliveira; João Marçal; Paulo Caldeira; Pedro Lança; João Guerreiro; João Machado; Francisco Amarante; Vladyslav Voytso; Alexandre Fatuda; Henrique Barros;  Miguel Moriés; Joaquim Oliveira

Selecção Masculina de Sub-20 de 2019

Vladyslav Voytso; Joao Guerreiro; Gustavo Teixeira; Francisco Amarante; João Filipe Neves; Neemias Queta; Jorge Embaló; Henrique Barros; Rui Manuel Palhares; Rafael Lisboa; Lamine Banora; Miguel Correia

Selecção Feminina de Sub-16 de 2015

Ana Ramos; Ana Jesus; Ana Margarida Gonçalves; Beatriz Jordão; Catarina Lopes; Eliana Cabral; Luana Serranho; Mariana Silva; Marta Vargas; Maryam Chermiti; Tess Santos; Susana Carvalheira

Selecção Feminina de Sub-20 de 2019

Sara Guerreiro; Alice Martins; Mariana Silva; Eliana Cabral; Ana Jesus; Tess Santos; Beatriz Jordão; Susana Carvalheira; Marta Martins; Mariana Carvalho; Luana Serranho; Marta Vargas

Na selecção masculina de Sub-20, há 4 jogadores que estiveram na selecção 2015 e na selecção feminina de Sub-20 há 7 jogadoras que foram vice-campeãs europeias em 2015.

Para finalizar seria interessante perceber quantos jogadores e jogadoras destas selecções passaram aos 12 anos por Paços de Ferreira.

 

Comentários 

 
+1 #4 San Payo Araújo 23-09-2019 19:12
Obrigado pelo seu comentário, Francisco, mas não me parece que a solução esteja nas formas competitivas mais formais nomeadamente para os escalões mais novos Mini-10 e Mini-8. Mesmo para os Minis-12, de que Minis-12 estamos a falar, aqueles que acabaram de chegar à modalidade ou os que já jogam à vários anos? É sempre necessário esclarecer com clareza do que é que estamos a falar. Não nos podemos esquecer que na nossa realidade ainda há muitos jovens a chegar à modalidade nos escalão de Sub-14. Para conhecer um pouco do meu pensamento sugiro a leitura, meu artigo "Estranha fé" de 23 de Janeiro de 2018.
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0 #3 San Payo Araújo 12-09-2019 09:19
Bom dia

Obrigado pelo comentário, irei responder no próximo artigo.
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0 #2 Francisco 10-09-2019 21:13
O que acontece no meu ponto de vista é que os nossos jogadores andam muito tempo andar a brincar ao basket.
Um jogador que entre nos sub 8 tem de estar 4 anos no minimo para competir.
Será que não faz sentido haver uma competição Norte A, Norte B, Centro A, Centro B, Sul A, Sul B, Lisboa, Porto, Aveiro logo em sub 12 em que os jogadores quando se deslocam fazem jornadas concentradas. Deixo a reflexão
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0 #1 Alex 10-09-2019 16:04
Parabéns pelo artigo, mas acabo por ser assolado por uma questao. Na sua opinião, o facto de ter "apenas" 4 e 7 jogadores é um ponto negativo ou positivo?
Claro que podemos sempre dizer que manter jogadores é importante, mas depois lá virão os comentários, quando corre mal, a dizer que são sempre os mesmos.
Paralelamente ao saber se estiveram em Paços de Ferreira, seria interessante analisar o porquê desta diferença de nomes e o que aconteceu aos que faziam parte no início.
Será que o hiato que existe em termos de seleções quando os/as atletas atingem os sub14 contribui para isso?
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