Na minha já longa colaboração no Planeta Basket tive o privilégio de poder entrevistar muitas pessoas, desde treinadores de minibásquete, menos conhecidos, mas que longe das luzes da ribalta fazem excelentes trabalhos,
até grandes nomes do minibásquete mundial, como o Pablo Esper e Maurício Mondoni, entre outros. Cheguei a agendar, uma entrevista, na sequência da última Convenção Europeia de Minibásquete em Matosinhos, com o então presidente da FIBA, Horácio Muratore, dirigente com grande sensibilidade para a importância do minibásquete no universo do basquetebol. Contudo entre as muitas entrevistas, há uma que muito gostei de fazer, foi entrevisto ao Jaime Silva Carvalho, sob o título, “Professor universitário ensina minibásquete”, de 4 de Novembro de 2008, que aconselho vivamente a sua leitura.
É em resposta ao recente apelo de Jaime Carvalho da Silva, “continue a manifestar-se contra o comportamento revelador de falta de educação e de baixeza moral e contra as regras da ética desportiva", que irei de novo abordar o tema do uso do insulto, com uma estória com mais de cinquenta anos.
Esta estória foi-me contada, quando era jovem pelo Prof. Mário Lemos, mas bem recentemente, tive o privilégio de a ouvir na primeira pessoa, por um dos intervenientes o António Feu. A estória passa-se num jogo de basquetebol disputado no antigo pavilhão dos desportos no parque Eduardo Sétimo, entre o Benfica e o Sporting. A determinada altura, o António Feu jogador do Sporting deu aquilo que se chama um “nó cego” a um adversário do Benfica. Este, incomodado pela situação, terá dito qualquer coisa, como “se tu fosses, mas é tourear a ….. da tua mãe”. De imediato o António Feu interrompeu o jogo e chamou um polícia presente no recinto para apresentar queixa do seu adversário. A estória teve um seguimento e uma evolução, que não vou agora e aqui relatar. O que me interessa nesta estória é o facto de naquele tempo, mesmo num jogo de adultos os insultos não serem tolerados. Hoje em dia, infelizmente, mesmo em jogos de crianças, há situações de enorme complacência.