A rua faz falta
 
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A rua faz falta

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altUma coisa é aceitarmos as ideias que motivam a existência dum regulamento técnico-pedagógico, outra é a forma de dar corpo e operacionalizar num regulamento essas ideias. Ao longo dos tempos, há propostas que após alguma resistência inicial,

entram nos hábitos, há outras, nomeadamente as da obrigação/limitação da utilização de jogadores, (vá-se lá saber porquê), são frequentemente postas em causa.

Nos anos sessenta do século passado, quando o Prof. Mário Lemos preconizou a existência de equipas mistas no minibásquete, acreditem que esta inovação não foi pacificamente aceite.

Em 2000, quando como responsável na federação pelo minibásquete, introduzi a ideia dos jogos de minibásquete poderem ser no modelo de 3x3 ou 4x4, também senti resistências, que entretanto, se foram diluindo.

De volta de meia tomo conhecimento de propostas de regulamentos técnico-pedagógicos. Ainda no início desta época passou-me, entre outras, pelas mãos uma proposta do companheiro Tito Real, coordenador do Clube Basket de Albufeira, para o minibásquete algarvio.

Contudo a sugestão mais ousada e curiosa que tive conhecimento nos últimos tempos foi da mãe dum mini aqui na Madeira. Percebendo que a equipa do seu filho ganhava a maioria dos jogos por uma diferença muito grande, e que tal situação não tinha grande interesse para a evolução do seu filho e era humilhante para as outras crianças, deu-me a seguinte sugestão:

“Oh San Payo, porque é que não traz uns coletes e quando o jogo está muito desnivelado regista o resultado ao intervalo e na segunda parte misturam-se os jogadores das duas equipas e constituem-se equipas equilibradas para jogarem.

Esta proposta encantou-me e deixou-me a pensar, mas por um conjunto alargado de motivos, ainda não me atrevi a tentar pô-la em prática. Esta proposta tem a virtude de permitir conciliar a noção de pertença a um grupo, cuja importância não deve ser ignorada, com a procura de jogos equilibrados, muito mais interessantes para todos os praticantes. Aliás é isso que as crianças fazem quando se juntam e não há a interferência dos adultos.

A época passada assisti a uma situação exemplo do que acabei de dizer. Era um jogo de Minis-12 entre duas equipas femininas, que se sabia que iria ser, como foi, desequilibrado. No entanto houve muitas meninas das duas equipas que já estavam no pavilhão muito antes de o jogo começar. Sem a interferência dos adultos, e enquanto os treinadores não chegaram e o jogo não começou, elas organizaram-se e começaram a jogar misturando-se e equilibrando as duas equipas. Posso dizer, no mínimo curioso, mas é assim que as crianças e jovens se organizam.

Era assim que, sem a interferência dos adultos, em criança e jovem me organizava na rua com os meus amigos. E a rua faz tanta falta no crescimento, desenvolvimento e formação das crianças e jovens.

 

Comentários 

 
+4 #1 José Mário Soares 04-02-2020 12:39
Nas escolas, bairros com campos ao ar livre e ginásios, onde há grupos de jovens que gostam de basquetebol, era e nalguns locais ainda funciona assim. A constituição de equipas equilibradas. Concordo em absoluto com todo o artigo publicado.
Um abraço.
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