Desenvolver o pensamento táctico
 
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Desenvolver o pensamento táctico

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Desenvolver o pensamento tácticoNo basquetebol moderno cada vez se dá mais valor a conceitos como o conhecimento táctico, a ocupação dos espaços e o treino da decisão. Temas que temos vindo a tratar nas nossas últimas notas e que pelas informações e comentários que vamos recebendo

estão a merecer a atenção dos meus colegas treinadores.

Desenvolver o pensamento táctico é fundamental para perceber, decidir e executar as acções mais adequadas quando se joga. Este é um processo complexo composto por várias etapas que compreendem a percepção, o conhecimento, a emoção e o comportamento motor e tem como objectivo executar as respostas mais adequadas às situações.

O que distingue o ser humano dos animais é a forma como pensamos.  Os animais possuem um pensamento prático baseado em experiências anteriores que tendem a repetir quando delas resultam soluções satisfatórias mas, não possuem capacidades de análise, espirito crítico ou pensamento criativo.

O ser humano raciocina, analisa e tira conclusões e, por isso, é muito importante seguir procedimentos metodológicos que permitam desde tenra idade estimular a mente.

Não esquecer que no basquetebol as decisões têm de ser tomadas em tempo muito reduzido e dependem de factores muito variáveis tais como, por exemplo, pressão defensiva, posição no terreno em relação ao lançamento, características do adversário, estado físico ou emocional.

Vamos procurar agora expor algumas indicações metodológicas para treinar e assim melhorar a percepção e a tomada de decisão dos nossos jogadores.

A formação e desenvolvimento do pensamento táctico deve  ser progressiva,  sendo importante utilizar exercícios com grande variabilidade  nas soluções e que, em simultâneo,  se trabalhe a teoria e a prática.

Aplicar no processo de ensino-aprendizagem jogos adaptados à modalidade em contextos aproximados da realidade.

De uma boa execução técnica resulta sempre uma economia de esforço e tempo.

Particularmente nas idades jovens evitar modelos tácticos muito estereotipados, vulgo jogadas, que limitam a criatividade do jogador e não ajudam ao desenvolvimento das capacidades perceptivas. Nunca as possibilidades de solução podem basear-se num modelo de resposta pré-estabelecida na mente do jogador ou dependente das “bocas” do treinador.

Nos tempos actuais, na iniciação e no trabalho com jovens jogadores é desejável que nas sessões de treino se dê mais tempo aos conteúdos tácticos. A jogar também se aprende - em jogos reduzidos muitas coisas acontecem e muitas oportunidades surgem para o ensino de coisas simples.

Comentários 

 
+2 #1 Jorge Resende 03-04-2020 17:08
Professor Mário Barros sempre um prazer ler os seus artigos, relembro algumas conversas que tivemos e com as quais aprendi muito.
O seu exemplo deve ser seguido por mais treinadores,par tilhar conhecimentos, experiências aqui,em clinics nos intervalos quando falamos e tive a oportunidade de assistir a alguns treinos seus em Valença.
Até breve num pavilhão ou clinic.
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