Participei ontem com os companheiros João Ribeiro, treinador de atletismo e António Paulo no ciclo de ações de formação, que o Sporting tem promovido. O desafio que me foi lançado pelo amigo Ivan,
é que desse um conjunto de informações e instrumentos que pudessem enriquecer a intervenção dos treinadores de minibásquete do Sporting.
Face a este desafio decidi abordar o tema do ensino do jogo para o escalão dos Minis - 12. Contudo, enquanto preparava a ação de formação ocorreu-me, que mais do que dar um conjunto de exercícios que se enquadrassem com o tema que me propus abordar, uma das maiores dificuldades, talvez lacuna, dos jovens treinadores é saber observar e corrigir os seus atletas nos exercícios que apresentam nos seus treinos.
Curiosamente, enquanto estes pensamentos bailavam na minha cabeça, como é que eu poderia organizar a ação sem desrespeitar o tema sobre o qual me propus falar, tive por mero acaso, acesso a um texto do amigo Jorge Adelino. O Jorge analisou a frase de Don Harnum “Façam exercícios, mas não se esqueçam de ensinar os vossos jogadores”. Aconselho vivamente a sua leitura deste excelente artigo.
Este desafio levou-me a pensar como é que eu numa hora poderia conciliar estes dois aspetos tão decisivo do ensino do jogo. Para além dos conceitos que utilizo para ensinar o jogo, tentei explicar aos participantes, que quem ensina tem de saber observar e corrigir. Mas corrigir o quê? Na hora que me estava destinada teria que ir decididamente ao essencial e quem está a ensinar tem de compreender que está sempre a intervir a três níveis, o nível do conhecimento, o nível do skill e o nível do comportamento e atitude. Em breve irei abordar este tema de uma forma mais aprofundada e na próxima vez que me convidarem irei centrar a minha intervenção neste domínio. Como correram as coisas ontem? Nunca gostei de ser juiz em causa própria.