Adoro transmitir o gosto pela modalidade
 
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Adoro transmitir o gosto pela modalidade

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Sandra BatistaFalar do minibásquete no Sporting Clube Coimbrões é falar da Professora Sandra Batista. O reconhecimento da sua dedicação e qualidade não é de agora. A Sandra foi a única mulher premiada,

pelo Planteta Basket quando em 2014 promovemos uma iniciativa para comemorar em Paços de Ferreira, os 50 Anos de Minibásquete em Portugal.


1. A tua imagem está tão ligada ao minibásquete e ao Coimbrões, que ao falar de ti é imperioso abordar essa profunda ligação. Mas antes demais, falemos um pouco de ti, como começou e se desenvolveu a tua ligação à modalidade e ao Coimbrões?
A minha ligação à modalidade começou quando tinha 15 anos. Deixei de ser atleta federada de natação e comecei a jogar basquete no Vilanovense.

Mais tarde, já na faculdade, tive que fazer a disciplina de opção e, escolhi o basquetebol, poderia ter escolhido outra modalidade. Fui encaminhada para o FC Gaia, para fazer estágio a esta disciplina, no escalão de minibasquete. Acabei por ficar no Gaia a treinar os minis desde 1994/95 a 1999/2000.

No ano 2001, comecei no Coimbrões, até hoje. Os treinos dos minis eram realizados numa escola das redondezas. A altura das tabelas para este escalão não era adequada, mas era o que havia.

Em janeiro de 2005 foi criada a Escola Feminibasquete (Escola de minibasquete do Sporting Clube de Coimbrões), da qual sou uma das fundadoras, com o objetivo de termos treinos no pavilhão novo, cedido ao Clube. Este tinha tabelas para as atletas pequeninas, conseguirem chegar ao cesto e terem sucesso no lançamento, que é muito importante nestas idades. Avançamos com este projeto (Escola Feminibasquete), porque nessa altura, estávamos a treinar na escola das redondezas sem tabelas já alguns meses.

Hoje em dia, treinamos no pavilhão novo (do Coimbrões) e na mesma escola das redondezas com tabelas.

2. Sabemos que foram razões pessoais que te afastaram temporariamente do minibásquete. O que é que felizmente te fez regressar de novo?
O que me fez regressar de novo, foram as pessoas que continuavam no Clube, o gosto de ensinar a modalidade às crianças, a vontade enorme de voltar à "vida real" e criar o "bichinho" de jogar basquete nas mais pequenas.

3. Na tua opinião há diferenças entre um treinador de seniores e um treinador de minibásquete. Em caso afirmativo o que é que os diferencia?
Sim. Um treinador de minibasquete "serve os atletas" (cria condições de treino para começarem a gostar de treinar/jogar minibasquete) e um treinador de seniores "serve-se dos atletas" (para ganhar jogos, obter as melhores classificações). Esta frase foi dita por alguém, que penso que tenha sido o San Payo Araújo, numa das suas excelentes intervenções, se não me estou a enganar.

4. Como são organizadas as competições para o minibásquete na Associação de Basquetebol do Porto? Tens alguma ideia, que gostarias de sugerir?
Para mim as competições no minibasquete são bem organizadas pela AB Porto, põe ao dispor dos clubes, os dias, que parte do dia querem, manhã ou tarde, se querem organizar em casa ou fora, qual o nível que têm as equipas se são 1 ou 2 ou femininas e nas concentrações coloca sempre que possível equipas adversárias diferentes, etc.

5. Tu estiveste presente no Fórum de Minibásquete em Freamunde onde se abordou e discutiu a realização da Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira? Qual a tua opinião sobre este evento?
É um evento que todos os atletas estão à espera, e os que levam a modalidade mais a sério treinam para conseguirem chegar lá.

No entanto, a competição deve ser cuidada, sem se levar ao exagero por parte dos adultos. Para mim é uma Festa de Minibasquete, na qual devemos ter sempre em conta e, em primeiro lugar, a Criança apesar de esta saber o que é ganhar e perder.

O papel/atitudes do adulto treinador é muito importante nesta faixa etária.

6. Sabemos que nunca foram as condições de treino que te desmotivaram a trabalhar. Felizmente também sabemos que estas felizmente melhoraram. Quantas minis movimenta Coimbrões neste momento? Conseguiram ultrapassar os problemas resultantes da pandemia?
Movimentamos 79 minis femininas, distribuídas por mini 12, mini 10, mini 8 e babies. Penso que conseguimos ultrapassar os problemas resultantes da pandemia, tendo quase todos meses entrada de atletas novas para o clube.

7. Como estão organizados os escalões de minibásquete no Coimbrões e quantas vezes e horas por semana é que os diversos escalões treinam?
O escalão mini 12 e 10 treinam 3 vezes por semana (2ªF - 18:30/20:00, sábado -11:00/12:30 no pavilhão e 4ªF - 18:30/20:00 na Escola).Mini 8 treinam 2 vezes por semana (2ªF -18:30/20:00 e sábado - 11:00/12:30 no pavilhão), no entanto já há algumas atletas deste escalão que fazem o treino de 4ªF (3 vezes por semana). São as atletas que conseguem chegar aos cestos mais altos, mas somos nós treinadores que indicamos quem é que pode ir treinar.

Os babies treinam/brincam 1 vez por semana (sábado das 11:00/12:00 no pavilhão).

Todos os escalões de minis devem treinar no pavilhão do Coimbrões para terem as melhores condições de treino, material, etc.

8. Quais são as maiores dificuldades para a realização do vosso trabalho e quantos são e quem são atualmente os treinadores de minibásquete do Coimbrões?
As maiores dificuldades são os espaços de treino e ter mais treinadores capazes de ensinar/treinar nestas idades. Face ao número atual de atletas que temos, precisávamos de mais espaços de treino para que o ensino da modalidade tivesse mais qualidade. Neste momento somos 4 treinadores e 2 monitores. Eu e o Nuno Sousa estamos na coordenação do minibásquete. Eu sou treinadora do Mini e o Nuno treinador das Sub-14. A trabalhar connosco temos já treinadora a Mafalda Barros e como treinadora estagiária a Rita Camelo. As monitoras são a Carolina Moreira, jogadora do escalão sénior, e a Catarina Soares das Sub-19. Todas têm a particularidade de terem sido minhas atletas nos Minis.

9. A vida nem sempre é fácil ao aproximarmo-nos do final desta entrevista regressamos a questões mais pessoais. Nesta já longa vivência da modalidade, quais foram as tuas maiores alegrias e tristezas?
As maiores alegrias:

  • ver atletas que passaram nos minis e continuam a jogar no clube ou noutro;
  • atletas que começam a ajudar no escalão de minibasquete e que me acompanham para os jogos e torneios;
  • vê-las a tornarem-se mulheres responsáveis com atitudes positivas;
  • convívios nos torneios que ficam marcados para a vida;
  • atletas mais crescidas em conversa, recordarem momentos inesquecíveis no escalão de mini;
  •  ...

Quanto às tristezas:

  • atletas que poderiam ir mais longe e deixam a modalidade cedo;
  • atitudes menos corretas que por vezes se veem neste escalão por parte de adultos.

10. Terminamos como de costume, com a seguinte questão: Que pergunta gostarias que te fizessem e que resposta darias?
Porquê treinar minibasquete e não outro escalão? Adoro treinar minibasquete por conseguir transmitir o gosto por esta modalidade às crianças, ver a alegria delas quando superam as suas dificuldades, nunca desistir de atletas por serem menos aptas nesta fase do seu desenvolvimento (mais tarde podem vir a ser atletas com grandes capacidades), dar os feedbacks adequados no momento oportuno para se fidelizarem à modalidade e transmitir acima de tudo os valores essenciais para se tornarem melhores seres humanos para com os outros.

 

Comentários 

 
+4 #1 João Ribeiro 17-06-2022 07:58
Uma palavra de apreço e admiração para a Sandra, que tive o privilégio de conhecer em Paços de Ferreira.

Uma palavra de Apreço ao San Payo por esta inspiradora entrevista. Não há acasos e há coisas que não se explicam. Tinha de ler esta entrevista hoje. Obrigado.

Uma palavra de apreço ao Ivan...grande também na vitalidade que tem dado a este site. Já tinha saudades de vir aqui.

Aquele Abraço para os três.
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