Não quero acreditar…
 
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Não quero acreditar…

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FracoBom 

Não quero acreditar…Acordar assim, com uma notícia tão dolorosa é encher um dia de tristeza, é a comoção que com a lágrima no canto do olho, nos leva a pensar no valor da vida, no valor da amizade, no valor dos sonhos… Não, não queria acreditar, no que estava a ler…

Não há muito tempo, tínhamos tido uma longa conversa sobre uma homenagem que teria de ser feita ao Mike Plowden e como eu, caro amigo, te poderia ajudar nos teus sonhos de minibásquete de cariz social, fora das baias administrativas, que tanto dificultam a execução desses projetos.

Não, não vou falar do teu fabuloso percurso como jogador, nem do teu denso e recheado de títulos trajeto como treinador, pois certamente haverá muita gente bem mais capacitada para o fazer.

Hoje, quero acima de tudo, relembrar pequenas estórias que nos ligam, para falar acima de tudo, do teu incomensurável lado humano.

O teu amor por Moçambique era infinito e fazia-te percorrer, para falares da tua experiência a qualquer canto do país, desde que um amigo de infância te pedisse, como daquela vez que nos encontrámos em Paredes de Coura. Várias vezes abordamos o tema da influência, que as gentes vindas de Moçambique tiveram na expansão territorial da nossa modalidade pelo país inteiro.

Longas conversas tivemos, quando em 2014, fizemos parte da mesma lista para as eleições da Associação de Basquetebol de Lisboa, e nelas eu apenas reforçava a ideia que já tinha a teu respeito, desde a tua passagem pelo Atlético e pela Oliveirense para a sensibilidade, que tu, jogador e treinador dos mais elevados níveis competitivos, tinhas para a importância dum universo que me é muito caro o universo do minibásquete.

Caro amigo, sem hipocrisias tão frequentes nestes momentos tão difíceis para a tua família, todos sabemos que como treinador também foste tema de muita conversa alheia, mas parafraseando Fernando Pessoa, os teus sonhos a tua dimensão humana sempre foram e vão continuar a ser muito maiores e mais belos que a conversa alheia.

Se as despedidas são por natureza um momento difícil, pior ainda quando se trata do desaparecimento de alguém tão especial, caro amigo descansa em paz.

PS: Um especial e forte abraço ao teu filho Pedro Vieira.

 

 


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