Costuma dizer minibásquete ou minibasquetebol? Prefere utilizar a expressão concentração de minibasquetebol ou convívio de minibásquete?
“O rigor não é universal. Universal é a necessidade de ser rigoroso.”
Paulo Freire
Usa para designar os escalões os termos Sub-12, Sub-10, Sub-8, Sub-6 ou Mini-12, Mini-10, Mini-8 e Mini-6. Quem me conhece sabe bem que eu prefiro as expressões de minibásquete, convívios de minibásquete e as designações de escalão de Mini-12, Mini-10, Mini-8, e nem gosto de falar em Mini-6, (Sub-6) pois para mim esse escalão, por um conjunto alargado de motivos não tem sentido. Mas isso são contas de outro rosário que não é agora que vou abordar.
Comecemos pela designação dos escalões. Até 2007 as designações oficiais, dos escalões do minibásquete eram: Mini-B e Mini-A, correspondendo em termos de idades os Mini-B aos Sub-12 e dos Mini-A a um escalão que englobava os Sub-10 e Sub-8. No minibásquete só existiam dois escalões.
Em 2007, com o crescimento real de praticantes, que se estava a verificar desde o ressurgimento na Federação do Comité Nacional de Minibásquete em 2000, o escalão de Mini-A foi subdividido em Mini-10 e Mini-8, passando a designação dos Mini-B, para Mini-12. Desde 2007 as designações oficiais do minibásquete passaram a ser Mini-12, Mini-10 e Mini-8, razão pela qual estranho, que nas notícia do site da FPB, havendo uma designação oficial para os escalões do minibásquete, sejam utilizados os termos Sub-12, Sub-10 e Sub-8.
Relativamente à utilização da palavra concentração em vez de convívio eu claramente opto pela palavra convívio. Concentração, remete-me, infelizmente, para os tenebrosos campos de concentração, para um ambiente hostil, para um ambiente de conflito e guerra. Convívio parece-me ser uma palavra bem mais adequada para as atividades de minibásquete. Bem sei que ninguém gosta de perder, que ganhar ou perder tanto faz o que interessa é participar é conversa mole. As crianças entram em campo sempre com vontade de vencer, contudo não pode valer tudo para ganhar. Os jogos devem decorrer num ambiente de convivência salutar, de respeito e porque não dizê-lo de empatia, pois sem adversário, (nunca inimigo) não há jogos. O ambiente não deve ser de conflito, pelo que prefiro claramente a palavra convívio.
Contudo se as palavras têm valor, muito mais importante que as palavras são as ações. Muito mais importante que as palavras é a forma como os adultos, dirigentes, treinadores, pais e encarregados de educação, envolvidos na formação dos mais novos contribuem e conduzem todo o processo de aprendizagem. Gosto de usar com rigor as palavras, mas mais importante, e regresso ao Paulo Freire: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”
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