Adestrar ou ensinar
 
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Adestrar ou ensinar

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Adestrar ou ensinarO tema do roubo da bola, no ensino nas primeiras etapas pode tornar-se, como tantas outras situações do ensino do jogo, num tema polémico. Uma vez mais falar deste tema sem levar em consideração os contextos é para mim um erro de avaliação das diversas situações.

Uma vez mais temos de levar em consideração, de que contexto estamos a falar. Estamos a falar do escalão de Mini-8, Mini-10 ou Mini-12? Estamos a falar de crianças que já jogam há vários anos, ou de crianças, que se estão a iniciar no jogo? Estamos a falar de jogos equilibrados ou de jogos tão desequilibrados, que como costumo dizer o jogo deixa se ser jogo?

O contextualizar as situações deve levar à tomada de decisão dos treinadores. Na situação de jogos muito desequilibrados, a minha sugestão é que os treinadores falem abertamente antes do jogo e definam estratégias em que ambas as equipas consigam ter um contexto de aprendizagem, já que a vitória, e todos queremos vencer, está à partida indiscutivelmente assegurada.

Muitos anos de observação de jogos permitem-me refletir como as crianças naturalmente reagem quando sentem que tem grande vantagem, ou que em situações mais extremas o adversário direto, por ter handicap muito grande, como por exemplo crianças com trissomia ou outras limitações.

Quando não estão em competições formais e sem a presença dos adultos as crianças organizam-se, de forma que, o jogo possa ser equilibrado, pois isso dá-lhe muito mais prazer. Essa forma de organização respeita os seus interesses e as suas necessidades.

Como sempre considerei que no minibásquete, para além das competições mais formais, quando o nível já o justifica, tem de haver espaço para todas as crianças, em diversas situações encontrei formas de dar espaço de jogo a crianças com handicap. Nessas ocasiões verifiquei, que a maioria dos adversários naturalmente e sem ninguém dizer nada davam mais espaço à criança com handicap, quando esta estava na posse da bola.

Contudo também vi treinadores, felizmente não muitos, não respeitando a reação natural das crianças, a instigar a tirar a bola às crianças com handicap. Quando ensinamos devemos ensinar também as crianças a pensar não apenas adestrá-las a tirar a bola ao adversário seja em que situações e circunstâncias for. Encontrar formas, de estimular reações rápidas, que não fomentem a passividade, mas que ao mesmo tempo respeitem as dificuldades das crianças com handicap, é o grande desafio dos treinadores que mais do que com o resultado numérico, a vitória não está em causa, se preocupam com as crianças, com todas as crianças.

 

 


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