Parabéns amigo Mário Gomes, o sonho terminou de forma altamente honrosa. Não me irei esquecer que jogamos taco a taco com os campeões do mundo até ao final do terceiro quarto.
O ano de 2025 vai ficar indubitavelmente na história do basquetebol nacional. Marcar, com uma presença honrosa, nos dois palcos mais importantes do basquetebol europeu, os europeus de seniores masculinos e femininos, é um marco nunca antes alcançado pelo basquetebol português. Se a estes factos, juntarmos o brilhante 7º lugar alcançado no campeonato do mundo pela seleção sub-19 feminina, onde brilhou a Clara Silva, temos forçosamente concluir, que internacionalmente, foi um ano altamente positivo.
Parabéns ao Ricardo Vasconcelos e ao Agostinho Pinto extensivo naturalmente às suas equipas técnicas e fundamentalmente às jogadoras que nos deram estas alegrias.
Parabéns à Federação, a toda a equipa técnica e principalmente a todos os jogadores, que souberam ser uma verdadeira equipa no campeonato europeu de seniores masculinos. Obrigado Mário, por sem andares nos bicos dos pés, teres conduzido esta seleção aos 16 melhores da Europa, e por nos jogos preparatórios termos conseguido pela primeira vez, ao fim de mais de 100 anos da história do basquetebol em Portugal, vencer a Espanha, treinada por Scariolo, no escalão de seniores masculinos.
Bem sei que muitos vão dizer, que esta Espanha está uns furos abaixo do que tem sido usual nas últimas décadas, mas para a história, esta ficará para sempre como a nossa primeira vitória sobre a Espanha.
Nos oitavos de final fomos derrotados pelo campeão mundial, a Alemanha, país que há umas décadas atrás raramente surgia entre as seleções candidatas aos títulos. Se nunca gostei muito de comparações, porque estas são normalmente feitas, não levando em consideração todos os fatores envolvidos, pelo que se tornam falaciosas e perigosas, sempre gostei de compreender os caminhos e as opções de desenvolvimento, que os países escolhem. Não estou a afirmar que há uma correlação imediata e direta, mas posso dizer que a Alemanha é um país, que tem nos últimos anos apostado fortemente no minibásquete, conforme por diversas vezes em entrevistas e artigos aqui dei conhecimento.
Por falar em comparações, fiquei a saber algumas coisas da realidade da Islândia através das minhas presenças nos Fiba-Europe Get Together e pela entrevista que fiz ao Miguel Maria Cardoso. Contudo continua-me a intrigar como é que um país com apenas 389.444 habitantes, menos que por exemplo o concelho de Lisboa ou Sintra, consegue assiduamente marcar presença nas fases finais dos Europeus, coisa que por exemplo outros dois países escandinavos como a Noruega (5.623.071) e a Dinamarca (6.002.507) não conseguem fazer?
Finalmente, mas essa análise fica para o próximo artigo, é com tristeza que vejo que no ano em que, quer nos seniores masculinos, quer nos femininos ficámos entre os 16 melhores da Europa, para o ano que vem, deixamos de ter, como há muitos anos não acontecia uma seleção nos 16 melhores da europa, na divisão A dos campeonatos de formação de Sub-20, Sub-18 e Sub-16 nos masculinos e femininos.
Nota: Alguns dos artigos e entrevistas relacionados com a Alemanha e a Islândia publicados aqui no Planeta Basket.
Alemanha
Islândia
