Pais e processos disciplinares
 
Faixa publicitária
Localização: HOME FUTURO ARTIGOS DIVERSOS Pais e processos disciplinares

Pais e processos disciplinares

Enviar por E-mail Versão para impressão PDF
Avaliação: / 7
FracoBom 

Pais e processos disciplinaresAos poucos recomeçam a nível regional as competições dos escalões de formação. Estas competições nos escalões dos Sub-18, Sub-16 e Sub-14 masculinos e femininos dão a partir de Janeiro, mediante os resultados obtidos, acesso às competições nacionais, campeonatos e taças nacionais.

Não tenho dados sobre a quantidade de processos disciplinares, que a nível regional estas competições tiveram, contudo soube que na época de 2024/25 o maior número de processos disciplinares nas provas federativas mencionadas, curiosamente ou talvez não, foi no escalão de Sub-14 e com grande incidência no comportamento de alguns familiares, pais e mães, presentes nesses jogos.

O facto de serem os escalões mais novos, os Sub-14 masculinos e femininos, que dão azo ao maior número de processos disciplinares dá para pensar. Certamente que no escalão dos seniores o peso e a influência dos pais no número de processos há-de ser certamente bem mais reduzido.

Numa perspectiva simplificada sabemos, que quatro fatores são determinantes para a progressão dum praticante e que as cargas e as exigências têm de progressivamente ir aumentando. Por outras palavras as cargas e exigências físicas, técnicas e tácticas devem ter uma progressão. Será que as cargas psicológicas não devem ter também uma progressão? Este é um tema ao qual ainda hei-de voltar. Contudo o comportamento de alguns pais, e reforço de alguns pais, nunca faço generalizações, não representam uma sobrecarga psicológica, que por exemplo os seniores, sendo adultos, não têm que suportar?

Não tenho dúvidas que na origem dos comportamentos menos adequados de alguns pais está a preocupação exacerbada e claramente excessiva, face ao escalão etário, da vitória, pelo que transcrevo partes dum artigo que muito me chamou a atenção:

Um estudo do Josephean Institute revelou que 90% dos jovens preferem jogar numa equipa perdedora do que passar os jogos sentado no banco duma equipa vencedora! Não fugindo à regra, eu não me importava muito se a equipa onde eu treinava era das melhores ou das piores. Desde que os amigos fossem dos melhores, para mim a equipa valia a pena!

Quanto ao atleta que está habituado a ter muito tempo de jogo e, mesmo quando está prestes a terminar a sua formação desportiva começa a perder esse tempo, o fenómeno inverso pode apresentar múltiplas causas. Desde burnout a outros interesses, passando pelas relações com treinador e colegas. Hoje em dia há um factor novo que não existia quando eu era adolescente: os pais. Obviamente todos tínhamos pais. Só que os nossos pais não eram os principais patrocinadores do clube e muito menos eram tão presentes, opinadores e invasivos como nós, enquanto pais, nos tornámos.

Estas são, a meu ver, as principais causas de abandono precoce dos atletas “mais talentosos”:

1. Expectativas/Diversão
Em 2014 a Universidade de George Washington realizou um estudo para saber o que leva os jovens a praticar desporto. A razão número um foi: porque é divertido! Foi então pedido aos jovens para identificarem o que é mais divertido no desporto e o que é menos divertido, duma lista de 81 características.

Segundo eles, “Ser divertido é: 1) dar o melhor; 2) ganhar o respeito do treinador; 3) ter tempo de jogo; 4) jogar bem como equipa; 5) ter boas relações com os colegas de equipa; 6) fazer exercício físico; (…) 48) ganhar.

É fácil percebermos isso pois enquanto adultos também não nos envolvemos em trabalho voluntário na comunidade se não for divertido. Cabe ao treinador criar contextos de superação constante de modo a que os seus jovens atletas estejam permanentemente obrigados a dar o seu melhor, logo, a divertir-se. Não a ganhar…

No final da época de 2025/26 vou tentar novamente obter dados sobre o número de processos disciplinares dos escalões de formação na vaga esperança, que este meu alerta possa eventualmente contribuir para uma diminuição de casos. O que para mim não faz sentido absolutamente nenhum é que por culpa de alguns pais, quanto mais novos são os praticantes, maior é o número de processos disciplinares.

PS: Link do artigo mencionado https://mudaoteujogo.pt/pai-mae-nao-quero-jogar-mais/  “Pai, mãe… Não quero jogar mais”.

 


Facebook Fronte Page

Buscas no Planeta Basket

  • Treinadores

  • Lendas

  • Resultados

Sample image Canto do Treinador Exercicios, comentários, artigos, etc...ver artigos...

Sample image Lendas de Basquetebol Quem foram as personagens marcantes da modalidade. ver artigos...

Sample image Resultadoos e Classificações Todos os resultados na hora... Ler mais...

Facebook Side Panel

 
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária