Uma Selecção que acredita
 
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Uma Selecção que acredita

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Gostava imenso de estar a escrever um texto sobre a qualificação da Selecção Nacional para o Europeu de 2009. Mas, infelizmente, tal não é possível.

 

Terminada a fase de qualificação, não se repetiu a façanha da edição anterior quando, perante a surpresa de muitos, Portugal se impôs a nações com outro historial e carimbou o visto para ir até Espanha onde, em confronto com os grandes colossos continentais e mundiais, confirmou que não chegou lá por mero capricho da sorte.

Tendo em conta que a Macedónia já tinha sido vergada na “poule” de apuramento para o Europeu de 2007, que a Letónia “marchou” (e de que maneira!) em Sevilha e que a Estónia, de momento, não assusta ninguém, à primeira vista parece um mau resultado não ter conseguido repetir a qualificação. E objectivamente é mesmo, pois ninguém escondeu, dos jogadores ao novo técnico, que a meta traçada era conseguir o apuramento.

Mas, naturalmente, uma análise não deve ser feita apenas à luz dos resultados. Convém estabelecer o devido enquadramento. E é por isso que, horas depois de ter assistido a uma das melhores exibições de sempre da Selecção Nacional (afirmo-o não pela emoção do momento, mas porque assisti, “in loco” ou via tv, em Portugal ou no estrangeiro, a muitos, muitos jogos), digo que o terceiro lugar obtido no Grupo B é bastante positivo.

É positivo porque Portugal parte para estas competições com um ror de desvantagens. São tantas que, ao tentar enumerá-las, vou certamente esquecer várias. Mas, mesmo correndo esse risco, aqui vai:

- Somos um País pequeno, de escassa população e limitado geograficamente por estar numa ponta da Europa e só ter fronteira com uma nação, curiosamente a actual campeã mundial mas que nem deve ter reparado que esteve 50 anos sem jogar connosco;

- Fisicamente falando não somos um povo talhado para “produzir” gente grande. Encontrar jogadores com 2 metros é para nós uma alegria, mas raro é o adversário que não possui uns “armários” acima dos 2,10;

- Realisticamente, seja quem for o seleccionador, todos sabemos que não existem mais de 20 jogadores seleccionáveis. Só para se ter uma ideia, isso é o número de atletas que muitas nações europeias têm nas universidades norte-americanas;

- Os nossos jogadores não estão habituados ao ritmo internacional. E percebe-se porquê. Paulatinamente, ao longo 10/15 anos, Portugal deixou de ser um país com participação regular nas competições europeias. São poucos os que arriscam, de forma errática e necessariamente sem defrontar as principais equipas;

- A principal prova interna transformou-se, devido à falta de lucidez de muita gente, num campeonato próprio de Malta ou do Luxemburgo, mas não de um País que deseja ser presença assídua nos grandes palcos;

- As altas-esferas da FIBA não nos respeitam como merecemos. As arbitragens encomendadas no Leste, onde juízes e delegados costumam falar a mesma língua, são demasiado penalizantes para quem, já com trabalhos honestos, precisa de superação para lutar de igual para igual.

Como se tudo isto não bastasse, Portugal não tem uma única estrela internacional (não temos ninguém na NBA, nem tão-pouco nos principais campeonatos europeus); sofreu uma invulgar onda de lesões e não contou com o contributo de duas peças importantes por motivos diferentes.

Perante tudo isto, e sabendo que se começou o apuramento com uma estúpida derrota com a Estónia (felizmente a vitória, por si só, não nos daria a qualificação para a Polónia na mesma) a que se seguiram duas derrotas impiedosas, o que Moncho López e seus rapazes conseguiram depois foi... brilhante.

Mentiria se dissesse que, após um arranque tão cinzento, ainda acreditava na obtenção de três vitórias. Mas foi isso que aconteceu, com finais electrizantes nos últimos dois duelos. E isso só foi possível porque, mais do que o talento, esta Selecção ganhou, em definitivo, uma “arma” essencial: acredita sempre em si enquanto a matemática não a condena. E isso, sem desprimor para ninguém, foi o grande ensinamento que Valentin deixou a um grupo de “guerreiros” a quem sempre recusei chamar “ratinhos”.

PS – A fase adicional de qualificação do Europeu podia ser mais “simpática”. Italianos e franceses não deviam fazer parte deste “filme”. Mas, sinceramente, só um doido ousa, depois do que viu nos últimos dias, dizer que não temos hipóteses de chegar à Polónia. Temos sim! Pelo menos, a matemática diz que começamos com 16, 66%. Para arrancar não é nada mau...

 

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