Desenvolver os pontos fortes ou trabalhar os pontos fracos?
 
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Desenvolver os pontos fortes ou trabalhar os pontos fracos?

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altSempre que falo acerca de motivação, menciono que compreender os pontos fortes e os pontos fracos, e saber como usar uns e esconder outros é essencial para desenvolver a confiança e a responsabilidade que são necessários para actuar ao mais alto nível.

Tradução: Alberto Henriques

Hoje vou falar sobre pontos fortes e pontos fracos com mais detalhe.

Para esconder os teus pontos fracos tens que estar consciente de quais são efectivamente os teus pontos fracos, tens que os aceitar como tal. Parece uma coisa muito simples mas ao mesmo tempo porém é um processo muito difícil pois mexe com o orgulho dos jogadores!

Desde que comecei a treinar jovens (há muito tempo atrás) tentei sempre ajudá-los neste processo. Os jogadores têm que compreender que os seus treinadores estão a trabalhar com eles, não só para usar o que eles sabem fazer, mas também para os ajudar a alcançar um nível mais elevado. Para que adquiriram novos fundamentos técnicos que ficarão com eles durante toda a sua carreira.

Alguns jogadores aceitam isto, outros ficam relutantes; à partida, só a ideia de falar sobre os seus pontos fracos os deixa receosos.

Eu sempre conto uma estória. Quando estava a treinar a selecção nacional italiana, um jogador muito famoso disse-me: “compreendo que está a tentar que eu use a minha mão esquerda e jogue do lado esquerdo do campo. Eu não sou bom nisso. Jogo muito bem com a minha mão direita e do lado direito do campo. Serás um bom treinador se me deixares usar os meus pontos fortes.” Eu respeito esta opinião mas discordo completamente. E cada um seguiu o seu caminho.

Quando escolho os jogadores para as minhas equipas tento escolher aqueles que não têm medo de assumir os seus pontos fracos e que estão prontos para trabalhar sobre esses mesmos pontos fracos.

Na minha opinião tu serás um bom treinador se fores capaz de melhorar os teus jogadores. Para que tal aconteça, treinador e jogador necessitam de compreender, reconhecer e aceitar quais os pontos fracos e qual a melhor forma de os ultrapassar. Para mim, enquanto treinador, isto é uma grande motivação. Especialmente com jogadores jovens mas também com jogadores experientes.

Desenvolver os pontos fortes e eliminar os pontos fracos não são atitudes opostas. Ao corrigires os pontos fracos estás a adquirir pontos fortes.

Vamos supor que não sou bom lançador. Começo então a treinar a minha técnica de lançamento e como consequência a minha percentagem de lançamento aumenta. Torno-me assim mais versátil e tecnicamente mais forte; nesse momento possuo mais uma “arma” no meu arsenal.

Muitas vezes oiço a opinião de que se és bom com a mão direita, por exemplo, então deves focar o teu treino em melhora-la ainda mais. É um conceito errado. E vou explicar porquê.

Se trabalhares um pouco mais a tua mão esquerda, ficarás mais versátil. No basket, a versatilidade é a primeira coisa com que podes surpreender o adversário. Se estiveres limitado apenas a algumas coisas que fazes bem, então estarás em grandes sarilhos.

De facto, após melhorar a tua mão esquerda, ainda podes ir pela direita mas tens mais uma opção: ir pela esquerda surpreendendo o adversário. Terás mais liberdade para escolher a tua próxima acção. Se tudo o que podes fazer é ir pela direita então quando o adversário te fechar a mão direita tens que passar a bola. Isto limita a tua liberdade, diminui o teu valor para a equipa.

Quantos mais fundamentos tiveres, mais imprevisível serás em campo. Podes fazer tudo! Ir pela direita, pela esquerda, parar, lançar ou passar.

O objectivo é tornares-te um jogador completo.

Na década de 80 princípios de 90, na NBA defendia-se a ideia da especialização. Esta teoria defendia que todos os jogadores (à excepção das super estrelas) deveriam tornar-se especialistas numa área, isto é, ou eram lançadores ou ressaltadores, defensores ou passadores. Essa teoria representava um grande problema pois se tens muitos especialistas tornas-te previsível! Quantos mais jogadores completos tens melhor é o jogo.

Por isso é que eu sempre gosto de jogar com 3 bases em campo. No Virtus e no CSKA geralmente jogávamos com 3 bases. Dessa forma, temos sempre pelo menos 3 jogadores em campo que sabem lançar, driblar, passar e defender.

E, para terminar, apenas quero realçar uma ideia. Penso que quanto mais talentoso for o jogador, mais ele deve treinar os fundamentos para assim se tornar um jogador completo.

 

 


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