Falar sobre a Maria João é espontâneo porque já a acompanho há alguns anos. Primeiro como atleta das Selecções Regionais e agora integrada na equipa sénior do CAB. O seu processo de formação tem tido um desenvolvimento sustentado pois, a sua capacidade de aprendizagem supera as imensas dificuldades que uma jovem atleta sente para se integrar num nível competitivo superior ao que, supostamente, seria para a sua idade.Enquanto seu treinador, tenho procurado cooperar activamente na sua formação, ministrando conteúdos ajustados às suas características e, acima de tudo, acautelar uma intensidade e qualidade de trabalho que lhe consintam concretizar os seus desejos. Desempenha as posições 1 e 2, revelando uma imensa aptidão no confronto de 1x1 e no lançamento de 3 pontos. Demonstra alguma fragilidade nos aspectos defensivos, devendo-se principalmente à sua franzina composição física.
A Maria tem uma enorme paixão pelo basquete, evidenciada através da sua dedicação enérgica ao padrão de trabalho que efectuo. A responsabilidade com que enfrentamos a nossa participação nas competições nacionais e internacionais, leva a que, por vezes, a intensidade das tarefas seja algo “violenta”, impondo níveis de superação elevados. Embora jovem, a Maria tem exibido a maturidade adequada a essa responsabilidade. Por estes motivos, associados ao facto de ser uma brilhante aluna, será seguramente uma atleta com um percurso repleto de sucesso.
Na época de 2007/2008, realizou 39 jogos (participou na totalidade dos jogos da equipa), com uma média de 19 minutos por jogo e 6 pontos. No presente época, participou em 14 jogos com uma média de 15 minutos por jogo e 5 pontos.
Tenho defendido, junto de toda a equipa, que o elogio gratuito, aquele que é repetido somente com o desígnio de fomentar a presumível motivação, não favorece a evolução. Ele apenas gera desconforto, dissociando-nos da realidade. Pelo contrário, no momento e no local adequado, o louvor auxilia a consecução dos nossos compromissos. Conta comigo…
Juca
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