O amor nasce na rua
 
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O amor nasce na rua

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Na sequência de apresentação do Seis25, os administradores do Blogue, João Cruz e Miguel Tavares, disponibilizaram aos leitores do Planeta Basket o artigo, chamado “O amor nasce na rua”. Desta forma, pode ficar a conhecer melhor o trabalho deste espaço de "Basket na Rede".
Estando o basquetebol português recheado de problemas, é fácil apontar alguns que saltam à vista de todos. Um dos mais repetidos é a ausência de público. Isto pode resultar de má promoção por parte dos agentes, pode também ser consequência da falta de qualidade de alguns praticantes, ou pode também ter que ver com a inexistência de espectáculo dentro do pavilhão - dentro e fora das quatro linhas. No entanto, esta problemática poderá encontrar uma outra explicação que não as acima mencionadas.

O amor nasce na rua. A paixão pelo jogo não se limita a um pavilhão de 10.000 pessoas com lotação esgotada todas as semanas. A paixão pelo jogo vem das ruas, dos campos ao ar livre, dos jogos até aos 10, dos aros com rede de metal ou sem rede e do chão de cimento. Num espaço onde a criatividade impera, o desejo de criar nunca supera o de vencer, e por vezes vêem-se verdadeiras batalhas. Mas…é essa a magia do jogo!

Nos Estados Unidos é o fenómeno que se conhece, campos e campos espalhados por todas as cidades, torneios organizados com importância crescente, chegando-se ao ponto de haver ‘jogadores de rua profissionais’, os campos estão sempre ocupados e todos os bairros têm pelo menos um.

Na Europa o movimento tem crescido a olhos vistos, sendo que em França também já surgiram equipas de exibição criadas directamente em playgrounds, sendo Kadour Ziani um dos ícones desta vertente. Este atleta já chegou a participar em programas televisivos nos Estados Unidos para demonstrar o seu talento. Em Espanha os campos ao ar livre estão quase sempre lotados. O povo espanhol adora o desporto, e tendo infra-estruturas à sua disposição para poder praticar algo que tanto gostam, não hesitam em ir para a rua e jogar, jogar, jogar até o corpo aguentar. Na Sérvia a loucura mantém-se, sobretudo em Belgrado e Novi Sad com as dezenas de campos sempre ocupados e com os jogadores a irem das ruas para o pavilhão.

Na Austrália o basquetebol teve um crescimento impressionante nos últimos anos. Os jogos da Liga NBL são agora disputados em pavilhões de 8.000 e 10.000 lugares normalmente cheios, e as audiências televisivas continuam a aumentar. Não pode ser separado deste crescimento o ‘boom’ que se verificou ao nível do basquetebol de rua. Em Melbourne e em Sidney há cada vez mais playgrounds disponíveis para toda a população e até já existem algumas instituições criadas no sentido de promover o basquetebol de rua: a Major Streetbasketball Foundation (MSF) organiza torneios, promove digressões e promove também jogadores, como é o caso do ‘pequeno voador’ Area51.

Em Portugal, não raras vezes se ouvem algumas personalidades ligadas ao basquetebol - Carlos Lisboa, George Sing, Henrique Vieira, Luís Magalhães, entre muitos outros - a lembrarem os tempos em que cresciam em Moçambique e aprendiam a amar o jogo que lhes mudou a vida. Fosse em playgrounds, fosse num aro agarrado a uma árvore, havia sempre quem estivesse a jogar basquetebol. E à noite lá iam os amantes de basquetebol ocupar os cerca de 5.000 lugares do Pavilhão do Sporting de Lourenço Marques.

O amor nasce na rua, e em Portugal esse amor está a ser sufocado. Apesar de algumas iniciativas louváveis existem poucos campos acessíveis à população. Depois, as pessoas não saem à rua para jogar, muitas vezes preferem ficar por casa e a fraca cultura desportiva portuguesa também não ajuda muito. No entanto, algo vai mal e na minha opinião é por aqui, pelo basket jogado na rua, que pode passar uma importante parte do crescimento deste desporto. Porque como se pode ver nos exemplos anteriores, o basquetebol dos pavilhões cheios encontra-se bem sustentado por um crescente movimento de desporto disponível para toda a população, de pessoas que descobrem o amor do jogo praticando-o. Para as entidades municipais a construção de espaços destes não terá um preço tão alto quanto isso, e para nós, amantes do jogo não é assim tão difícil ocupar esses poucos espaços existentes com o nosso gosto pelo jogo, e de preferência levando os nossos amigos a experimentar este jogo e o prazer de ver a bola entrar no cesto.

 

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