No final de cada jamboree, quando o turbilhão das emoções ainda baila na cabeça dos participantes, há sempre um caudal de comentários, que inunda as notícias que surgem depois de o evento terminar.
A maioria são evidentemente dos minis e dos monitores, mas também há muitas dos pais.
Estes vivem, excepto na gala, o evento de forma indirecta, e muitas vezes, porque é a primeira vez que os filhos saem de casa, com alguma natural apreensão.
Ao aproximar-se mais um jamboree, ainda por cima este bem longe do continente na encantadora ilha de Santa Maria nos Açores, é o momento de prestarmos homenagem à Ana Maria Freire, Vice-Presidente do Comité Nacional de Minibásquete, Patrícia Alves e Elsa Basto, que tem desempenhado, ao longo dos anos, de forma benévola, voluntária e com o prejuízo das suas férias, o papel de “mamãs de serviço”.
A principal riqueza do jamboree reside na qualidade e empenho da intervenção humana. As “mamãs de serviço”, são as que, fora das actividades programadas cuidam das crianças, quando surge uma ponta de febre uma dor de garganta ou a necessidade de um mimo. São as que telefonam aos pais a perguntar o que é que estes costumam fazer nestas situações e caso necessário acompanham as crianças aos Centros de Saúde. São o trabalho invisível, a verdadeira retaguarda do evento, pois permitem que os monitores possam enquadrar as suas equipas sem preocupações adicionais, nas actividades programadas. Para ilustrar o que acabamos de dizer é imperioso mencionar uma destas, felizmente poucas, situações em que a Ana Maria Freire, logo no 2º Jamboree, que decorreu na ilha Terceira nos Açores, ficou uma semana, praticamente a tempo inteiro dentro da Pousada de Juventude de São Mateus, onde estávamos instalados a cuidar da Cláudia Maurício, que adoeceu e só no final do mesmo é que estava recuperada e a febre tinha passado. Coitada da Cláudia, que regressou sem ter feito as actividades, mas felizmente de boa saúde. Isto só foi possível pelos cuidados e mimos da Ana Maria, que o permaneceu sempre na pousada a cuidar da Cláudia.
Ao fim destes anos e de 14 edições, quantos pais não puderam dormir descansados, pelo trabalho e dedicação das “mamãs de serviço.”
Podem os pais dos participantes da próxima edição ficar tranquilos, pois este evento, conta desde a sua primeira edição com, o que nos habituámos a chamar as “mamãs de serviço”, que tem feito um trabalho invisível, mas a todos os títulos louvável.
Regressando ao início deste texto, e aos comentários que no final do evento nos enviam, queria terminar com uma das mais belas, das muitas mensagens que recebemos no último jamboree:
“É indescritível presenciar as mudanças e a alegria que demonstram todos os participantes, mas principalmente a nossa Mariana. Parabéns pelo excelente trabalho, se algum dia precisarem de uma mãe enfermeira como voluntária contem comigo.”
Aproveitamos este momento para dizer publicamente, muito obrigado à mãe da Mariana Saias de Olhão. Quando tiver disponibilidade, a sua ajuda será bem-vinda, as portas para a sua colaboração estão sempre abertas e para terminarmos agradecemos a todos os pais a confiança que depositam na “família dos jamborees de minibásquete”.