Há uns dias atrás estava a ler o blog de despedida da Euroleague onde o meu amigo Marco Mordente agradecia a todos pela oportunidade de aí escrever e onde fazia também as suas previsões para os quartos-de-final que se avizinham.

Ao ler aquilo apercebi-me que não estou ainda preparado para ver o final da minha época na Euroleague. Daí que me sinta muito feliz por estar ainda em prova, prestes a disputar uma série muito atractiva, pois tenho a certeza absoluta que é o que vai acontecer nos nossos jogos com o Olympiacos.

Talvez esteja um pouco mal habituado, já que só falhei a presença numa das Final 4 da Euroleague desde 2004, mas gostaria, como é óbvio de voltar a chegar lá. Claro que esse é o desejo de todos os que ainda estão em prova. E ao falar no início da semana passada com o Theo Papaloukas, um dos meus maiores amigos no mundo do basquetebol, apercebi-me bem disso. Entrámos numa pequena guerra psicológica, tendo ele afirmado que nós não teríamos qualquer hipótese de derrotar o Olympiacos, dado que neste momento, eles se encontravam em grande forma. E eu respondi-lhe que nós quase fizemos uma festa quando soubemos que iríamos jogar contra eles, dado que entre todos os sete potenciais adversários, este era o que mais nos agradava (estava a brincar, apenas para me certificar que ninguém entende isto mal).

Passado o exaustivo mês de Fevereiro onde perdemos alguns grandes jogos, tivemos uma semana sem jogos que nos deu a oportunidade para fazer uma mistura perfeita de treinos duros, acertos técnico-tácticos e muito descanso. Pareceu um pouco como a pré-época, em que nos preparamos para o grande desafio que se aproxima. Ter que jogar seis jogos nas próximas duas semanas não nos vai deixar muito tempo livre para qualquer dessas coisas, treinos, tácticas ou descanso.

Temos um jogo com o Pamesa Valência, que está nos quartos-de-final da Eurocup, no domingo para a ACB e penso que esse jogo será um bom ensaio para a série com o Olympiacos. E depois de passar a semana em Atenas, ainda temos de viajar até às Canárias, a viagem mais longa na ACB, para defrontar o Gran Canaria, que vai em sexto na classificação. Tudo isto significa que temos de estar prontos, tanto fisicamente como psicologicamente para conseguir chegar a Berlim.

Contudo, ao falar sobre chegar até Berlim, aquilo que mais me assusta é que a minha mulher Julie deverá dar à luz a nossa primeira filha no início de Maio! Estamos sempre a brincar sobre isso e de como a lei de Murphy se vai certificar que os dois acontecimentos têm lugar ao mesmo tempo e de como essa seria uma escolha injusta. Mas ainda estamos a três vitórias de o conseguir…

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