San Payo e a organização da "Festa"
 
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San Payo e a organização da "Festa"

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altEstava a observar o jogo da meia-final da Taça de Portugal entre as equipas do Benfica e da Ovarense no pavilhão municipal Luís de Carvalho no Barreiro, quando reparei que à volta de todo o campo estavam mais de 100 minis, rapazes e raparigas a aguardar pelo seu momento.

Poucos terão reparado na sua presença, à excepção dos pais das crianças. Os miúdos ficaram sentados durante toda a primeira parte do jogo e nesses cerca de 45 minutos não criaram quaisquer problemas. Devem concordar comigo quando digo que não é fácil manter duas crianças com menos de dez anos sentados e calminhos durante tanto tempo, quanto mais 100.

Chegado o intervalo, todos estes futuros jogadores e jogadoras de basquete entraram em campo, fizeram vários jogos, cantaram canções e depois... saíram de forma tão organizada que mais pareciam uma pequena tropa muito bem treinada. O “Almirante” desta “pequena companhia” foi … San Payo Araújo.

San Payo é um dos principais dinamizadores do basquetebol jovem em Portugal e tem-no provado semanalmente através dos múltiplos artigos de qualidade dedicados ao minibásquete, que todas as terças-feiras publica no Planeta Basket. Mas naquele fim-de-semana da Taça ele mostrou-me outra qualidade, a organização.

Desta vez, não vou falar das lágrimas nos olhos dos pais ou nas caras sorridentes dos miúdos participantes, já que apenas pretendo acentuar a organização daquele momento. É que meter 100 crianças dentro de um pavilhão mantendo-as calmas durante 45 minutos, conseguir que elas fizessem parte do espectáculo durante 10 minutos e depois fazê-las sair sem confusões, gritos ou problemas é obra!

A partir de dia 1 de Abril vão estar em Portimão 72 equipas jovens. Como é que se organiza uma prova como esta? Que tipo de organização é necessária? Qual o grau de perigo esta por detrás deste evento? Vamos à procura destas respostas, perguntando ao homem do minibásquete em Portugal, a pessoa que lida com as organizações dos jamborees, vamos ouvir San Payo Araújo.


É fácil organizar um torneio com 72 equipas participantes? Porquê?
Antes de responder à pergunta gostaria de dizer que considero que, a Festa do Basquetebol Juvenil em Portimão, se conseguir manter o espírito de envolvimento e coesão em torno do que realmente é importante, a formação dos jovens, é o evento mais importante no universo da formação desportiva no nosso país. A organização dum evento desta envergadura, é muito complexo e exige grande envolvimento por parte de muitas pessoas. Como qualquer evento, seja grande ou pequeno, passa na minha opinião por três aspectos fundamentais.

- A concepção e adequação do programa principal e de actividades paralelas;

- Os meio logísticos: instalações, material e recursos humanos;

- A circulação da comunicação e informação, a diversos níveis: entre os membros da organização, para os participantes e para o exterior, para quem quer assistir.

Tanto quanto sei, porque nunca estive envolvido na organização da Festa, o programa que tem vindo a ser melhorado tem-se revelado ajustado à finalidade a que se destina: os jovens. Se como costumo dizer, no minibásquete o mais importante são as crianças, no desporto juvenil o mais importante são os jovens.

Relativamente aos meios logísticos creio não haver outra autarquia no país inteiro que tenha condições tão boas para a realização deste evento como Portimão. Esta cidade algarvia tornou-se o sonho de muitos jovens e durante um fim-de-semana alongado é indubitavelmente a capital da formação e do desporto juvenil.

Finalmente em relação à comunicação é aqui que se podem levantar alguns problemas. Como costumo dizer no desporto juvenil o problema nunca são os jovens, são sempre os adultos. Os jovens quando bem enquadrados e envolvidos na importância do evento nunca são o problema.

Se os adultos não se desunirem, deixarem egos e questões pessoais de parte, e explicarem aos jovens claramente a importância deste evento, para a modalidade que todos gostamos, acreditem que estes darão uma resposta fantástica.

Acha que seria melhor ter menos equipas?
Por aquilo que acabei de dizer, embora ter mais equipas aumente, evidentemente a complexidade, ter muitas ou poucas equipas tudo vai da organização, como já dizia o grande estratega Sun Tzu, na sua sabedoria milenar. “De um modo geral comandar muitos é igual a comandar poucos. É somente uma questão de organização.” E as coisas bem organizadas motivam os intervenientes e mal organizadas desmobilizam as pessoas.

Uma má organização poderá estragar as recordações e emoções dos participantes. Quais são os aspectos mais importantes para a prova decorrer com normalidade?
Para quê e porque é o universo do basquetebol faz esta Festa? Se soubermos responder com clareza a esta pergunta tudo há-de decorrer na normalidade. Se compreendermos que estamos a formar jovens, que o mais importante em todo este esforço e empenho são os jovens, de certeza que tudo decorrerá dentro da normalidade. E é normal haver competitividade, é normal que haja lágrimas, fruto de uma derrota, de uma expectativa gorada, é normal que haja explosões de alegria por uma vitória não esperada ou muito desejada. O que já não é normal, nomeadamente se estamos a falar de formação, é haver provocações, ameaças e insultos, isso já não pode ser considerado normal, nem nunca devemos branquear essas situações, mesmo que tenha existido uma arbitragem menos feliz. Garanto-vos que passados alguns anos, é dos maus momentos, nomeadamente das derrotas que doeram muito, que eu guardo boas recordações. A recordação de um gesto sincero de solidariedade entre o elementos da equipa, o apoio de quem não se espera, a descoberta de um amigo que nos apoia nesses momentos difíceis. É que descobrir as pessoas nos momentos difíceis é muitas vezes mais gratificante, que as palmadinhas nas costas nos momentos das vitórias.

Que importância tem a divulgação da Festa no Planeta Basket?
Dado o espaço que o site já ocupa no universo do basquetebol a divulgação de entrevistas e artigos sobre a Festa é fundamental. A este nível e regressando aos jamboree, um pequeno evento comparado com a Festa, sou muito “berkleyano” e sei de experiência própria, “que se tu fazes e não te viram não fizeste”, razão pela qual é fundamental que o universo do basquetebol se mobilize na divulgação deste evento. Há quem, com muito menos consiga muito maior divulgação. E se não conseguirmos chegar aos grandes órgãos de comunicação social, está nas nossas mãos conseguirmos chegar a todos os sites e bloques do basquetebol e a todos as formas de divulgação regional, com uma pergunta tão simples como: Sabia que um jovem da sua terra, da sua região, está na maior festa do desporto juvenil realizada em Portugal? É só fazer o levantamento de quantos clubes e de que terras vêem estes jovens que estão na Festa, e garanto-vos que o sonho de ir a Portimão há-de crescer.

Existem outras festas desta dimensão na Europa?
Que eu tenha conhecimento só talvez em Espanha, mas não tenho a certeza. O que eu tenho a certeza, eu que lido com milhares de crianças, e que Portimão já começa a ser uma referência no imaginário de muitos minis. E o sonho de estar, numa selecção distrital, para ir a Portimão mobiliza muitos jovens. Cabe aos adultos saberem potenciar o momento mais alto do basquetebol juvenil.

 

 


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