A selecção nacional de sub-20 voltou a perder ao terceiro dia do campeonato da Europa da categoria. Desta feita, a Grã-Bretanha fez valer o seu poderio físico e acabou por se superiorizar após prolongamento por 47-53.
Foi um jogo bastante difícil para a nossa selecção, que se bateu no limite face ao poderio físico demonstrado pelas suas opositoras. De facto, é notável constatar como foi possível que um jogo, no qual uma das equipas ganhou praticamente o dobro dos ressaltos da outra (31 vs 59) tenha tido de ser decidido no prolongamento.
A diferença nos ressaltos foi esmagadora para as comandadas de Sua Majestade que inclusivamente conquistaram mais ressaltos ofensivos (28) que as Portuguesas na sua própria tabela (21 ressaltos defensivos). Dito isto, fica a pergunta no ar: Como é que o jogo só foi decidido no prolongamento?
A mais baixa e rápida equipa Portuguesa fez valer a sua defesa, ao conseguir provocar 27 turnovers. Contudo, ao nível do ataque ao cesto, as gigantes adversárias condicionavam as penetrações e os lançamentos próximos de cesto, o que se reflectiu numa baixa percentagem de dois pontos (25%) e num reduzido número de idas para a linha de lance livre (apenas dois lances livres tentados ao longo dos 45 minutos de encontro). Portugal tentou então utilizar o jogo exterior para equilibrar a contenda, lançando 28 triplos, dos quais converteu 7 (25%).
Pode ver a estatística deste jogo em pdf, aqui
Quanto à marcha do marcador, a Grã-Bretanha esteve praticamente todo o jogo na frente e Portugal andou sempre atrás do prejuízo. Depois de um 4-2 inicial, Portugal só voltou a liderar a partida, a cerca de um minuto do final do terceiro período (35-34). Chegado o período das decisões, chegou também o nervosismo de ambas as partes. Com o resultado em 42-44 com cinco minutos ainda para se jogar no quarto período, chegou-se ao apito final com o marcador em 44-44. Apenas dois pontos da autoria de Sara Djassi levaram o jogo para o período extra.
No prolongamento, a Grã-Bretanha voltou a acertar com o cesto e com o domínio das tabelas acabou por conseguir segurar o triunfo por 47-53.
Joana Bernardeco voltou a ser a melhor marcadora lusa com 14 pontos e 3 assistências. Destaque ainda para a boa contribuição de Marcy Gonçalves, autora da 5 pontos, 8 ressaltos, 4 roubos de bola e 3 assistências
Amanhã é dia de descanso, sendo que Portugal volta a entrar em acção na sexta-feira, dia 10 diante da Grécia, que soma até ao momento duas vitórias e uma derrota na prova.
