A História não paga as contas
 
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A História não paga as contas

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Nota Inicial: Neste texto não se pretende apontar se os culpados são os dirigentes de todos estes clubes, se são as autarquias falidas, se são as empresas locais e nacionais com pouca apetência para largarem dinheiro numa altura de ‘vacas magras’, se a culpa é da situação macro-económica mundial que todos afecta ou se é da Federação que vai exigindo valores demasiado elevados para a realidade de alguns clubes (sim, os custos de arbitragem parecem ser excessivamente elevados). A culpa é de todos!
 
A infeliz tendência continua!

No lançamento de mais uma época desportiva, a FPB deu a conhecer quais os clubes que entregaram a candidatura às principais competições de basquetebol sénior masculino – Liga Portuguesa de Basquetebol e Proliga. E para a época que se avizinha, o basquetebol nacional vê-se privado de mais dois dos seus históricos e principais símbolos!

Assim, e após algumas temporadas de grandes dificuldades e limitações financeiras na constituição das suas equipas, Esgueira e Queluz abandonam uma competição onde têm tido algum destaque – depois de longas épocas na LCB, onde se sagrou campeã nacional, a equipa de Sintra mudou-se para a Proliga, e nas suas duas participações nesta competição garantiu sempre o acesso aos Playoff, sendo que neste ano até chegou às Meias-finais. A equipa de Aveiro marcou presença na fase decisiva da temporada nas últimas 4 épocas, tendo sido por uma vez finalista vencido, e no ano seguinte ficou-se pelas Meias-finais.

Na temporada 2008/09 estas foram duas das equipas mais agradáveis de se seguir, praticando um basquetebol de acordo com a sua história – o Queluz seguindo à risca o seu lema ‘Pela Raça’ tinha na sua defesa agressiva uma das suas principais características! Sem jogadores estrangeiros e com um plantel algo limitado em termos de quantidade e de qualidade, a combativa equipa liderada por André Martins conseguiu suprir as suas dificuldades, fazendo um campeonato de grande qualidade. O Esgueira OLI continuou o que de tão bom tinha feito na temporada anterior, a equipa orientada por Pedro Costa respeitou e seguiu à letra a imagem que o clube criou ao longo da sua história – jogadores combativos com agressividade defensiva, que nunca recuavam nem se encolhiam, independentemente da equipa que defrontassem.

Duas equipas que, à falta de dinheiro para oferecer a atletas, tiveram de apostar em jovens valores, maioritariamente saídos dos escalões de formação de duas das mais carismáticas escolas do basquetebol em Portugal. Curiosamente, Queluz e Esgueira OLI até se defrontaram na primeira ronda dos Playoff da passada temporada. Aí, a equipa de Sintra levou a melhor. Agora, ambas as equipas perderam. O basquetebol português perdeu!

Sem dinheiro para se aventurarem em mais uma temporada, sem repetir apostas arriscadas do passado ambos os clubes abdicaram do seu direito a participar no campeonato que até há pouco tempo era a ‘prova rainha’ da FPB.

O basquetebol em Portugal continua a perder os seus clubes históricos! A História não paga as contas, e os emblemas que outrora dominavam o basquetebol nacional ou fecharam a porta, ou continuam pelas divisões mais baixas do nosso basquetebol, lutando para sobreviver. A aposta na formação é uma solução, mas tal como mostraram este ano Esgueira e Queluz, não é a aposta na formação que resolve os problemas dos clubes que querem manter equipas seniores nas principais divisões!

Esgueira e Queluz juntam-se assim a históricos como Vasco da Gama, Estrelas da Avenida, Galitos, Imortal de Albufeira, Beira-Mar, Oliveirense, Algés, Belenenses, entre outros. A lista continua, e é provável que no próximo ano mais alguma equipa caia num poço cada vez mais largo – os rumores de equipas ‘à beira do precipício’ não param, e este ano até se esperavam mais algumas desistências.

É certo que a participação na LPB e Proliga está dependente de candidatura apresentada, e não de garantia através de direito desportivo, por isso, talvez o abandono destes clubes não seja um ‘Adeus’, mas por ventura, um ‘Até já’. Claro que para isso, não se poderão cometer os erros do passado.
 
 

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