A excelência segundo Richard Stokes
 
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A excelência segundo Richard Stokes

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altAproveitando a presença em Portugal de Richard Stokes, Comissário da FIBA e Coordenador dos Campeonatos da Europa de Basquetebol, o Planeta Basket foi falar com este representante da FIBA, que está em Portugal a acompanhar o Europeu de Sub16 Masculinos para saber como está a ver esta competição.

Planeta Basket (PB): Quais são exactamente as suas funções neste Campeonato da Europa?
Richard Stokes (RS): O que tenho de fazer é avaliar as condições existentes nos pavilhões onde decorre a competição, avaliar se os hotéis têm capacidade e qualidade para receber as comitivas, verificar se tudo está a funcionar como programado e necessário para que não haja falhas. Além disso, também me cabe a função de ajudar e avaliar o desempenho dos árbitros: por vezes tenho de esclarecer dúvidas que eles possam ter sobre questões do próprio jogo, para que também eles não tenham falhas.

PB: Do que tem visto neste campeonato e nos outros que tem acompanhado ao longo dos anos, como classifica a qualidade dos jogadores e das equipas presentes em Portugal?
RS: Para ser sincero, não posso fazer uma comparação com o que tenho visto nos últimos anos, porque ultimamente tenho acompanhado os escalões de Sub18 e Sub20, e não sei bem em que ponto estariam os jogadores de Sub16. O que tenho notado é que há jogadores muito altos, equipas com média de alturas elevada, mas com algumas falhas técnicas, e com fundamentos algo rudimentares, principalmente ao nível do trabalho de pés: tem-se visto muitos jogadores a fazer passos, e isso não é algo de positivo. Tenho, também, reparado que alguns destes jogadores apresentam um estilo de jogo mais parecido ao estilo de basket de rua – os fundamentos ofensivos estão menos desenvolvidos como era apanágio do basquetebol europeu.  No entanto, também tenho visto uma coisa bastante curiosa: alguns jogadores estão a trazer de volta movimentos que não via desde o início da década de 90! Vi alguns jogadores a fazer movimentos característicos de grandes jogadores como Drazen Petrovic e isso até provocou algumas dúvidas a árbitros que não estavam habituados a ver esses movimentos e que me vieram perguntar se eram ilegais ou não.
 
PB: O que tem achado da equipa do seu pais, a Inglaterra? Vários jogadores apontam-na como uma das favoritas a subir de Divisão...
RS: Ainda não os vi jogar uma única vez no Europeu. Tenho visto os resultados e as estatísticas e parece que têm uma boa equipa. Além disso, têm a vantagem de terem estado juntos o ano todo e terem criado bons automatismos.

PB: E para terminar, disse que uma das suas funções era avaliar as condições existentes neste Campeonato, e o nível da organização. Até  agora, qual a apreciação que tem feito à organização deste Europeu?
RS: A organização está a ser muito boa, excelente! Nada está a falhar, ainda não houve uma única delegação a apresentar queixas sobre a organização, e penso que isso diz bem da qualidade que o Campeonato está a ter. Parece-me que a Federação Portuguesa de Basquetebol fez um grande esforço para que nada falhasse, e até agora estão a consegui-lo na perfeição. Até vos posso dizer que se houver nova oportunidade de voltar a Portugal para se organizar um novo Campeonato da Europa, ficarei muito entusiasmado!

 

 

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