Emoções em Monsanto

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CNB1 SulA Serra de Monsanto é uma elevação com 227 metros de altitude máxima no concelho de Lisboa, ocupada em grande parte pelo Parque Florestal do Monsanto.

Os limites são, a sul o estuário do Tejo, a oeste a ribeira de Algés, e a norte e a leste a ribeira de Alcântara. Na encosta virada a sul situam-se os históricos pavilhões da Tapadinha e do Restelo onde se viveram as emoções dos dois encontros que animaram a jornada 7 da Zona Sul do CNB1.

No Belenenses-Moscavide os visitantes resolveram desmentir a nossa crónica da jornada anterior e desta vez fizeram um jogo fora ao nível do que habitualmente fazem em casa. A equipa de Belém vinha de uma série vitoriosa, só interrompida na deslocação ao Estoril na jornada anterior, e somou a 2ª derrota no campeonato e 1ª em casa num encontro em que o resultado se manteve em dúvida até aos últimos momentos. Os visitantes dominaram o 1º período conseguindo uma vantagem de 10 pontos, mas o Belenenses recuperou no 2º, chegando ao intervalo a perder apenas por 1 (29-30). A finalização preferida da equipa da casa é sem dúvida o lançamento triplo, como o demonstram os 28 tentados durante o encontro. No entanto no 3º período o Belenenses apenas lançou duas vezes atrás da linha dos 3 pontos, facto a que não foi alheia a maior concentração da defesa visitante. O Moscavide voltou a ganhar neste período algum ascendente na partida, que o levou a liderar o marcador à entrada do último quarto (43-47). O conjunto do Restelo entrou nos últimos 10 minutos decidido a inverter o resultado e conseguiu abrir espaço para os seus lançamentos longos, mas os visitantes responderam com eficácia nas penetrações e movimentos interiores, e não permitiram que a equipa da casa passasse para a frente. Na última posse de bola o Belenenses ainda tentou forçar o prolongamento mas sem sucesso, e o final do encontro chegou com a vitória do Moscavide (64-67).

Se o encontro do Restelo foi uma positiva surpresa de qualidade e competitividade, na Tapadinha já se esperava que o Atlético-Estoril fosse o jogo da jornada. E a expectativa não saiu defraudada. O parcial de (10-2) nos primeiros 2 minutos e meio podia levar a pensar que a qualidade e experiência dos jogadores da casa ia tornar o jogo num passeio para o conjunto alcantarense, mas este foi apenas o primeiro dos vários episódios que compuseram o encontro. Serenado o desnorte inicial dos jovens estorilistas com um desconto de tempo precoce, a predominância manteve-se mesmo assim durante a primeira parte do lado alcantarense, que vencia no final do 1º quarto (18-15) e no final do 2º (34-30). O intervalo foi bem aproveitado pelos visitantes, que voltaram na 2ª parte com a lição bem estudada no ataque, a seleccionar melhor os lançamentos e a mostrar eficiência nos triplos, e mais concentrados na defesa com menos faltas e maior eficácia a condicionar os movimentos ofensivos do Atlético. O bom desempenho do Estoril permitiu-lhe anular a desvantagem e chegar ao fim do 3º quarto na frente do marcador (48-52), mas o Atlético não é equipa que se entregue sem luta. No último quarto a equipa da casa aumentou a agressividade defensiva, conseguiu reduzir a percentagem de lançamentos de campo dos visitantes e a meio do período liderava de novo o marcador. Não tinham no entanto terminado as alternâncias no domínio do encontro e acabou por ser a equipa mais jovem que melhor manteve o autocontrolo nos minutos finais. Tirando partido do excessivo número de faltas do Atlético, o Estoril terminou o encontro com um parcial de (0-8) fixando o resultado final em (64-69).

Os mais interessantes jogos de basquetebol são aqueles em que se defrontam conjuntos equilibrados mas de características diferentes, que proporcionam períodos alternados de domínio, à medida que conseguem impor os seus pontos fortes. Em vários momentos do encontro os veteranos locais fizeram valer os seus argumentos técnicos e o conhecimento do jogo, mas não conseguiram fazê-lo de forma constante, e de cada vez que afrouxaram na concentração os visitantes aproveitaram para recuperar a supremacia. Com esta vitória o Estoril isolou-se no comando passando a ser a única equipa só com uma derrota.

Disputaram-se mais 2 encontros da 7ª jornada. No Lumiar a Academia voltou às vitórias frente ao Ginásio Olhanense (71-53) e em Évora o Cruz-Quebradense deu sinais de melhoria de forma ao conseguir a vitória mais dilatada da jornada sobre os Salesianos (53-74). O Seixal-Micaelense foi adiado.

No próximo fim de semana voltam a disputar-se apenas 4 encontros da jornada 8, uma vez que o Micaelense-Academia se encontra marcado para 10 de Fevereiro do próximo ano.

15 de Dezembro
Ginásio Olhanense-Belenenses às 17:00h no Pav. Ginásio Olhanense
Moscavide-Atlético às 18:00 no Pav. do Moscavide
Cruz-Quebradense-Seixal às 18:30h no Pav. Carlos Alb. Carvalho

16 de Dezembro
Salesianos de Évora-Estoril às 17:00h no Pav. D. Bosco

 

 
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