A caminho dos Sweet 16

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Tal como tínhamos avançado anteriormente, 2009 não é ano para contos de Cinderela, para caminhadas épicas de equipas que à partida não reuniam favoritismo em chegar à Final 4. Tirando algumas vitórias de equipas menos cotadas, e também alguns jogos equilibrados e decididos nas partes finais do tempo regulamentar, a ‘Grande Dança’ tem sido dominada pelas equipas mais fortes.
 
No texto ‘Haverá Cinderela’ avançámos que Michigan e Arizona poderiam causar algumas surpresas, e a verdade é que as duas equipas tiveram interessantes prestações: os Michigan Wolverines (#10) passaram a primeira ronda, vencendo uma equipa com melhor desempenho na Fase Regular, Clemson (#7). No entanto, caíram perante a equipa de Blake Griffin, os Oklahoma Sooners (#2). O candidato a #1 do Draft de 2009 tem continuado com o seu rol de grandes exibições, tendo conseguido 33 pontos e 17 ressaltos na vitória frente aos Wolverines. Se Blake é o principal desequilibrador no ataque da sua equipa, na defesa o contributo do seu irmão mais velho Taylor tem sido fulcral para o sucesso dos Sooners. As restantes três equipas apuradas da Divisão South são North Carolina (#1), Syracuse (#3) e Gonzaga (#4). Ou seja, foi sem surpresas que nesta Divisão se apuraram as 4 equipas mais cotadas. No entanto, os Tar Heels de North Carolina tiveram de recorrer a uma das suas estrelas, Ty Lawson, para levar de vencida Louisiana State (#8). O base tem estado lesionado, mas teve um importante contributo com 24 pontos e 6 assistências.
 
 
 
Os Arizona Wildcats (#12), apesar de terem sido cotados como a 12ª equipa do Midwest conseguiram avançar para os Sweet 16, tendo derrotado Utah (#5) por 84-71 e Cleveland State (#13) por 71-57. Agora vão ter pela frente a favorita equipa de Louisville (#1) que sentiu algumas dificuldades na segunda ronda, perante Siena (#9). Aliás, durante grande parte do jogo parecia que os Louisville Cardinals não conseguiriam impor o seu favoritismo e que estaríamos perante a grande surpresa do Torneio. Tal não veio a acontecer, em grande parte devido a mais uma grande noite do dinâmico e espectacular Terrence Williams (24 pontos, 15 ressaltos e 4 assistências) e Louisville continua assim a ser uma das principais candidatas à vitória final. Sem surpresas, Michigan State (#2) e Kansas (#3) também apuraram para os Sweet 16.
 
 
 
Sem dificuldades, até agora, tem estado Connecticut (#1) - despacharam, na primeira ronda, Chattanooga (#16) por 103-47, para depois repetirem a dose contra Texas A&M (#9), desta feita por 92-66. AJ Price tem sido a principal referência ofensiva dos Huskies, enquanto que no jogo interior de Jeff Adrien (muito bem em ataque) e Hasheem Thabeet (excelente na defesa) continuam a carregar as esperanças dos adeptos de UConn chegarem à Final4. No entanto, UConn não está sozinha nesta corrida, uma vez que os Memphis Tigers (#2) têm demonstrado que se poderão intrometer na luta por uma vaga para Detroit - a vitória clara por 89-70 sobre Maryland (#10) deixou bem claro que Memphis está na corrida. A equipa comandada por John Calipari perdeu o seu núcelo duro da temporada passada, mas voltou a reunir um bom grupo de jogadores, e com Tyreke Evans em grande, os Tigers são, muito provavelemente, a grande ameaça aos Huskies. De resto, apuraram Purdue (#5) com uma emotiva vitória sobre Washington (#4) por 76-74, e também Missouri (#3).
 
 
 
Por fim, na Divisão East não houve qualquer surpresa, tendo avançado as quatro principais equipas. Face à qualidade do seu plantel, especialmente do trio Dejuan Blair, Sam Young e Levance Fields, Pittsburgh (#1) não tem tido desempenhos avassaladores, mas tem vencido os seus jogos. E em ambas as partidas das duas primeiras rondas o treinador Jamie Dixon conseguiu que 8 dos seus jogadores estivessem em campo mais do que 15 minutos. Esta rotação poderá ter alguns frutos caso os favoritos Pittsburgh Panthers continuem a avançar até à Final4. Pitt irá agora defrontar Xavier (#4). Também nesta Divisão, Duke (#2) e Villanova (#3) apuraram-se para os Sweet 16. Os Blue Devils de Duke tinham a vantagem de jogar perto de casa, e não a desperdiçaram tendo vencido os Texas Longhorns (#7) num emotivo jogo em que a prestação do base-extremo Gerald Henderson foi providencial para que Duke voltasse a figurar entre as 16 melhores equipas do Torneio da NCAA, algo que já não acontecia desde 2006. Com 24 pontos marcados, e 3 lance-livres decisivos, Henderson selou uma grande vitória para a equipa do ‘Coach K’.
 
Arquivo: NBA