Recebi mais do que dei à modalidade

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Olímpio CoelhoHavíamos anunciado para hoje: "De: Olímpio Coelho (prof.) - II "... recebi mais do que dei à modalidade". Sugerindo, em termos comunicacionais, uma mensagem,

logo com um emissor: prof. Olímpio e os recetores: nós, treinadores.

Comunicar que significará estabelecer uma ponte de ligação que permita trocar pensamentos e ideias e obter, afinal, verdadeira compreensão. Compreensão que, na sua génese e espírito, deverá ter, como missão nobre e edificante, gerar confiança e aproximar as pessoas.

Mensagem esta - a do prof. Olímpio Coelho -, repleta de humildade, a traduzir a sua exemplar forma de saber, fazer e estar: "...recebi mais do que dei à modalidade", advinda do tempo ter sido generoso para com ele, quando sempre se preocupou mais com os outros e as atividades em que se envolveu.
A dar aso a que fiquemos com a ideia absolutamente clara de que só se pode ser ídolo - como ele é, o prof. Olímpio - quando se ensina, sendo!

Antes que fique tarde - em momento de anunciada retirada (mais um, dos ídolos) - e na sequência do anterior "ensaio", situemo-nos na reflexão do prof. sobre o panorama do nosso basquetebol no que dia respeito a treinadores : "identifico uma contradição: temos mais e melhores treinadores mas tal não se reflete na qualidade das práticas em geral e em particular na vertente juvenil do basquetebol. Predomina o individualismo e uma evidente incapacidade de cooperação em favor da modalidade".

Olímpio Coelho

Abramos um parêntese para, no plano global, nos interrogarmos, face ao que muito se vai observando: não será mais conveniente e cómodo - a pensar no ganhar aos outros - recrutar do que formar? E, no plano do exponencial e impante egocentrismo, não dará menos trabalho - também porque ajustado às (in) competências - introduzir "jogar em flex" dos sub-14 aos seniores - fundamentos, criatividade e prazer, para quê...? - do que primeiro ensinar e só depois treinar?

Rumemos, nesta reflexão/análise do prof. Olímpio, ao encontro dos pontos a discutir no futuro relacionados com a modalidade, em que o prof. nos alerta para duas necessidades fundamentais:

Em consonância com o prof. Olímpio, atrevemo-nos a também refletirmos e considerarmos que, nessa linha de orientação, implicará a, primeiro que tudo, ter o planeamento como chave mestra do possível desenvolvimento da modalidade.

Planeamento que deverá corresponder a vivermos em constante antecipação, face aos acontecimentos (reais); será refletir, avaliar, prever e decidir o rumo que queremos, sem propagandear, como ultimamente se tem observado, não na defesa de uma verdadeira causa, mas sim de interesses instalados e, vezes quantas, inconfessáveis. Chegando-se ao ponto de, qual novo paradigma com quase total inoperância, se emitirem opiniões, misturando alguma experiência administrativa/burocrática com questões declaradamente do domínio técnico. Apetecerá dizer: perdoai-os, senhor, porque não sabem o que fazem (ou dizem)!

Importará, antes que fique tarde de mais, "dar um murro na mesa", dizer basta e socorrermo-nos, porque a propósito, de um pensamento dos antigos latinos: "non neva sed nova", que corresponderá a fazer-se de maneira nova!

Voltaremos a esta problemática, sem a pretensão de estarmos "iluminados" com alguma "varinha mágica", antes movidos pelo contributo de procurarmos juntar as peças do puzle, constituídas pela anunciada estratégia da atual estrutura federativa, em particular da DTNacional - porque a questão é essencialmente de domínio técnico - , o nosso modesto olhar no "ensaio" sobre a "valorização do jogador e do nível da prática do jogo" - Coimbra, Julho de 2014 - e nesta recente reflexão/análise do prof. Olímpio Coelho, expressa nestes dois últimos artigos.

E também, sublinhando esse desafio, contando com os companheiros que se predispuserem em "ir a jogo".

Regressaremos a 27 de Outubro com "encontrarmos um caminho".

Até lá, e bom Basket!

 

 
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