E quando temos pouco espaço…

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altAs crianças tem que se mexer e não estar em grandes filas de espera ou paradas a ouvirem explicações prolongadas, pelo que vou terminar a sequência de exercícios sobre o espaço, que tenho vindo a apresentar, com uma proposta de trabalho simples para situações em que temos pouco espaço.

Uma forma, extremamente simples e prática de sabermos se um animador de minibásquete, ou mesmo um treinador, sabe lidar com as crianças, é verificarmos o entusiasmo destas no treino e saber se elas querem voltar. Quando observo um treinador que começa, por exemplo uma época com 12 crianças, e tem dificuldade em que estas compareçam e cada vez tem menos presenças nos treinos, e que se está sempre a queixar: das condições em que treina, dos pais que não se envolvem, dos horários dos treinos, e nunca reflecte sobre os seus comportamentos no treino, sei de experiência própria que normalmente estamos perante alguém que no fundo não compreendeu o essencial das primeiras etapas da formação. No recente colóquio promovido pelo Nacional de Natação o Prof. Jorge Adelino referiu que um dos traços essenciais dos treinadores das etapas de iniciação é a sua capacidade de criarem o gosto pela prática desportiva.

Por outro lado, quando observo um treinador de crianças que no primeiro dia de treinos tem poucas crianças, mas esse número vai crescendo e a determinada altura a sua queixa é a de não ter espaço nem material para ensinar, sei que estou perante alguém que compreende as necessidades das crianças. É a partir desta realidade, que costumo dizer que para as etapas iniciais prefiro os animadores, que embora não tenham grandes conhecimentos da modalidade se sabem relacionar com as crianças; aos animadores, que tendo conhecimentos técnicos, tem dificuldades em motivar as crianças. A razão é simples: É para mim mais fácil dar conteúdo técnico a quem se sabe relacionar com as crianças, do que ensinar a lidar com crianças a quem tem conhecimentos da modalidade.

Para não falar apenas do caso do Daniel, alvo de uma reportagem recente do Planeta Basket, conheço mais exemplos como a Sandra Batista do Sp. Coimbrões e a Joana Escórcio do CAB da Madeira, que muitas vezes sem grandes condições sempre souberam entusiasmar as crianças. Uma das coisas que as motiva é mexerem-se razão pela qual hoje apresento uma forma de trabalho que permite mais movimento num pequeno espaço.

Pode ver o exercício aqui.

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