O exercício do Zé Correia

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O exercício do Zé CorreiaNo meu recente artigo “Treinador de minibásquete” de 12 de Janeiro escrevi: “Há nos perfis e comportamentos de um treinador de seniores e de minibásquete, naturalmente pontos em comum, que são detectáveis pelos praticantes, quer eles sejam seniores ou minis.

O empenho, a entrega e a dedicação do treinador, a sua capacidade de motivar, a sua competência e sentido de justiça são factores que mobilizam, quer adultos quer crianças”.

Então quais são os comportamentos que diferenciam um treinador de seniores dum treinador de minibásquete, ou mesmo dum treinador dos escalões mais novos nomeadamente Sub-14 e Sub-16? Talvez o mais significativo seja a paciência, enquanto o treinador de seniores está sujeito aos resultados imediatos e não pode esperar, um bom treinador de formação deve saber esperar e ter muita paciência, não apenas, mas mais frequentemente, com os jovens mais altos. Os resultados não são seguramente imediatos e demoram muitas das vezes anos a aparecer.

Apesar de não ser a minha área de intervenção aqui na Madeira, não deixo sempre que posso, de estar atento ao que se vai passando à minha volta nos escalões a seguir ao minibásquete, nomeadamente à intervenção dos treinadores mais jovens. Já tinha sido alertado para as qualidades do José Luis Correia como treinador de formação, deste modo, sempre que por motivos do minibásquete vou ao CAB e tenho a possibilidade de observar um pouco dos treinos, que estão a decorrer nos outros escalões, fico atento aos treinos do Zé. Pela dinâmica dos seus treinos, pela forma como sinto que é capaz de motivar os jovens, penso não estar errado se afirmar que tem um enorme potencial e perfil para se afirmar como um excelente treinador.

Antes do Natal estive no pavilhão do CAB e pude observar um exercício que aprendi com o Zé Correia. Com um grupo reduzido de jogadores ele colocou um minitrampolim ao alto debaixo duma tabela e o exercício consistia em fazer um auto passe contra o minitrampolim, receber a bola em aproximação do cesto e executar um lançamento frontal. Verifiquei que todos faziam o exercício com empenho e satisfação e que este exercício tinha inúmeras componentes de execução técnica, que iam desde a forma e precisão como era realizado o passe, passando pela forma de aproximação e recepção da bola, paragem e a fluidez entre o momento de recepção e execução do lançamento, inúmeros eram os elementos críticos que poderíamos corrigir.

Como estou sempre a aprender, obrigado Zé por me teres dado a conhecer este exercício. Assim que tiver oportunidade e condições irei certamente pô-lo em prática.

 

 
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