Carta ao Pedro Silveira

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San Payo Araújo Caro Pedro Silveira, li atentamente a tua reportagem sobre a fase final do Campeonato Nacional que decorreu no Seixal.

Como considero que uma das riquezas dos “sites” é promover a troca de opiniões, e gosto muito de seguir o que vai acontecendo nos escalões após o minibásquete, também me passou pela cabeça deixar um comentário.

Preocupações e tarefas da vida foram adiando essa minha intenção. Hoje, Quinta-feira dia 23 de Junho quando ia colocar o meu comentário verifiquei que a tua reportagem tinha provocado um grande número de reacções e pelo comentário do Planeta Basket percebi que algumas com teor menos apropriado, não foram publicadas. Por estar hoje mais folgado tomei a decisão de em vez de deixar um comentário escrever-te uma carta de parabéns pela tua crónica.

Convém esclarecer que não estive presente na fase final do Seixal e apenas tive acesso aos comentários que estão publicados no site, mas desde já apraz-me registar, polémicas à parte sobre a origem dos jogadores, que todos os clubes presentes têm desenvolvido nos últimos anos um meritório trabalho no minibásquete, tendo obtido sempre o certificado de qualidade de Escolas Portuguesas de minibásquete.

Conheço bem o trabalho no minibásquete que o Seixal tem, com grande empenhamento teu, desenvolvido. Mas também sei o trabalho que os amigos Pedro Rojão e Mário Ramos têm realizado no Benfica e Ginásio Figueirense e peço desde já desculpa por não conhecer tão de próximo o trabalho do Vasco da Gama, onde sei que este ano está a trabalhar o jovem David.

Já o referi várias vezes e em diversos comentários, que poderia recuperar, que normalmente atrás duma equipa de sucesso nos escalões da formação, para além do mérito do treinador dessa equipa, há sempre alguém que trabalhou bem no mini. Exemplo digno de realce do que acabo de referir são os êxitos nos femininos da SIMECQ, e tantos outros que poderia referir, quer da actualidade quer do passado.

Caro Pedro, voltando ao tema da tua reportagem. Sei bem quão difícil é sentir que se "morreu" na praia e ainda por cima na “tua” praia, pelo que mais valor dou ao teu texto.

A linha que separa o chamado êxito de um título e um segundo ou terceiro lugar e mesmo um quarto lugar é muitas vezes muito ténue.

Senti nas tuas palavras um esforço sincero de imparcialidade nas análises que fizeste. Gostaria que tivesses mencionado na tua crónica o nome dos treinadores do Benfica, Nuno Rodrigues, grande companheiro de muitos jamborees e do Vasco da Gama, Bruno Santos, mas isso é a minha sensibilidade. É evidente, como não pode deixar de ser, mas não vem mal nenhum ao mundo por isso, que a tua reportagem por mais objectiva que tente ser, será sempre subjectiva. Mais importante do que a subjectividade ou objectividade das tuas análises é a coragem de em linguagem não ofensiva expores e transmitires o que te vai na alma.

Finalmente parabéns ao Luís Dionísio pelo excelente trabalho que tem desenvolvido com esta geração e termino com votos para que os quatro clubes presentes e muitos outros continuem com qualidade e empenho a apostar no minibásquete.

Um abraço
San Payo

 

 
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