Melhorar a grande evolução

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Sérgio PintoUma das realidades novas no universo do basquetebol, principalmente nesta última década, é a fidelização de vários treinadores ao universo do minibásquete.

Sérgio Pinto é a trabalhar há mais de dez anos com mini é um exemplo digno de realce do que é o orgulho e prazer de proporcionar boas aprendizagens aos mais novos. Oiçamos o que tem para nos dizer.


Melhorar a grande evolução

Iniciei a minha ligação ao minibasquete há 11 anos no Guifões SC. Fui treinador de mini 8, mini 10 e mini 12 durante estes anos, e de 2007 até 2011 acumulei a função de coordenador técnico.

A minha modalidade de eleição sempre foi o basquetebol, tendo sido jogador durante vários anos e tendo começado, também eu, no minibasquete. Os conhecimentos que me transmitiram e as experiências que vivi, foram os grandes motores para me dedicar ao minibasquete e às crianças. Sentir diariamente que estou a contribuir para a sua evolução como desportistas, como pessoas, e o entusiasmo com que se dedicam ao que fazem, são aspectos fundamentais que me fidelizaram ao minibasquete. Todos os dias temos um novo desafio e costumo dizer que, ao longo destes anos, aprendi muito com os jovens que treinei.

Quando relembro a minha experiência como jogador do minibasquete, noto uma grande evolução para a realidade actual. Há mais actividades, mais preocupação pelo desenvolvimento das crianças, mais formação e interesse por parte das associações e dos clubes. No entanto, devemos continuar a procurar criar, mais e melhores, condições para o desenvolvimento do minibasquete, pois é a base do crescimento de qualquer clube. Melhorar as condições de treino, com espaços e material, apostar na interajuda entre os treinadores experientes e os novos treinadores, de forma a que haja uma maior evolução a nível de conhecimento de treino, permitindo um desenvolvimento mais adequado aos jovens, tanto a nível desportivo como a nível social. É importante que exista uma preocupação na evolução do atleta, no seu bem-estar e que se divirta a jogar, colocando em segundo plano a preocupação com o resultado.

Nos meus primeiros anos de ligação ao minibasquete, pude contar com a experiência e dedicação da Prof. Lurdes Miranda, pessoa que tanto me ajudou a evoluir como treinador.

Tive o privilégio de participar em variadíssimos eventos que me marcaram. Um desses exemplos é, sem dúvida, o Jamboree. É uma experiência engrandecedora para treinadores e atletas, onde se criam amizades para a vida, como foi o meu caso.

A nível associativo, a ABP, ano após ano, tem vindo a demonstrar uma grande preocupação pelo desenvolvimento do minibasquete procurando realizar actividades que promovam a modalidade e fidelizem os jovens, e apostando, também, em momentos de formação específica para treinadores de minibasquete.

A criação do Comité Nacional de Minibásquete permitiu uma melhor organização das atividades relacionadas com este escalão. A Festa Nacional de Minibasquete, que se realiza anualmente, em Paços de Ferreira, é um bom exemplo disso. É um evento que envolve todas as associações do país e que tem crescido anualmente. E só para quem vive por dentro este evento percebe a importância que tem para o crescimento do minibasquete a nível nacional e o espirito saudável que existe entre todos os jogadores, treinadores, árbitros e organização. Penso que a aposta deve ser ainda maior, por parte da FPB, pois só com uma base sólida e bem estruturada podemos contar, no futuro, com um melhor Basquetebol, e essa base é o Minibasquete.

Louvo esta iniciativa do Planeta Basket. Todas as iniciativas que promovam o basquetebol em geral, e o minibasquete em particular, são bem-vindas. O Planeta Basket tem sido um motor nesta promoção, principalmente, através do San Payo Araújo, na publicação de artigos técnicos e partilha das várias experiências que tem vivido. No minibasquete o mais importante são, sem dúvida, as crianças. O seu bem-estar, a sua alegria, a vontade de aprender e viver o minibasquete, deverá ser sempre o que colocamos em primeiro lugar. Devemos continuar a trabalhar e a valorizar o minibasquete em Portugal, pois estes pequenos jogadores, são o futuro do basquetebol português.

 

 
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