Velha aliança acabou com sonho luso

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altE o sonho luso terminou às mãos das nossas mais antigas aliadas, a Grã Bretanha que venceu a meia-final por 59-40.

Resta agora às nossas representantes lutar esta tarde por um lugar no pódio, quando defrontarmos a República Checa para a 3ª e 4ª posições. As checas foram surpreendidas pelas suas rivais eslovacas, num duelo fratricida, por 50-53.
 
A partida que nos cortou o sonho da subida à Divisão A começou mal para as comandadas de Eugénio Rodrigues que, perante uma equipa mais alta, mais pesada e mais rápida, sentiu imensas dificuldades para atacar o cesto, enquanto as suas opositoras revelavam grande eficácia, pelo que não surpreendia a marcação no final dos 10 minutos iniciais (4-17).
 
No 2º período (11-11) conseguimos finalmente entrar no jogo, equilibrando as operações e fomos para o intervalo em desvantagem (15-28). O cariz do encontro não se modificava porque embora se notasse um grande empenho das lusas, isso não era suficiente para reduzir o prejuízo de forma significativa, que no final do 3º quarto (12-11) ainda era de 12 pontos (27-39).
 
À custa de muita garra e espírito de entreajuda, Portugal lá ia alimentando o sonho e a 3 minutos do termo, já no último quarto estávamos a 6 pontos (40-46).
Esse minuto fatídico (37) acabou definitivamente com as chances da nossa equipa, porque num ápice a vantagem britânica disparava de novo para a dezena. Já sem reacção as portuguesas viram as adversárias consolidar o triunfo, cavando o fosso para os 19 pontos finais (40-59.
 
Nas vencedoras, prevaleceu a força do colectivo, embora as mais influentes tenham sido Mary Durojaye (9 pontos, 9 ressaltos sendo 4 ofensivos e 3 faltas provocadas, com 5/6 nos lances livres), Katrin Chiemeka (9 pontos, 3/5 nos triplos, 8 ressaltos, duas assistências e 3 roubos), Mairi Buchan (10 pontos e 8 ressaltos, sendo 3 ofensivos) e Kristhie Sheils (7 pontos e 4 assistências).
 
Na selecção portuguesa, a mais valiosa voltou a ser a poste Sofia Carolina, ao alcançar o seu 3º duplo-duplo na competição e sendo de novo a MVP do encontro, com 11 pontos, 11 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência, 1 roubo, 3 desarmes de lançamento e uma falta provocada). Foi bem secundada por Luiana Livulo (8 pontos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, 1 desarme de lançamento e uma falta provocada) e Francisca Braga (5 pontos, 2 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências e 2 roubos). Discretas e pouco eficazes estiveram Michelle Brandão (6 pontos, 3/12 nos duplos e 0/5 nos triplos), Joana Bernardeco (6 pontos e 2/8 nos triplos) e Maria João Correia (4 pontos).
 
Em termos globais, a supremacia britânica assentou basicamente nas tabelas (37-52 ressaltos), nomeadamente na tabela defensiva (23-35 ressaltos) e no maior número de faltas provocadas (8-13), com reflexos nas idas à linha de lance livre. Enquanto Portugal usufruiu de apenas 4 tentativas (3/4), as britânicas dispuseram de 26 tentativas, concretizando 19 (73%). Aliás o seleccionador Eugénio Rodrigues referiu que arbitragem não foi equilibrada (apenas uma falta assinalada à Grã Bretanha no 1º quarto) e na ponta final aquando da nossa reacção e consequente encostar do resultado, foram-nos assinaladas duas faltas técnicas e uma falta anti-desportiva, sem que se vislumbrassem motivos para tal. A turma adversária foi também mais eficaz nos lançamentos do perímetro (13%-36%), com 8 triplos convertidos em 22 tentados, enquanto as portuguesas se quedaram por 3 em 23 tentativas.
 
Portugal esteve melhor nos duplos (33%-24%) e cometeu menos erros (10-16 turnovers), sendo ainda menos colectivo que as contrárias (7-11 assistências).                   
    
O jogo que decidirá a medalha de bronze (3º/4º lugares), entre Portugal e a República Checa principia às 16H30 (15h30 portuguesas), enquanto a final (Grã Bretanha-Eslováquia) terá início às 18H45.

 

 
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