Selecção Nacional Sub-18 Masculina

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Este grupo faz parte da geração de jogadores que disputou em 2006 a Divisão A do Campeonato da Europa em Espanha e conseguiu a manutenção no grupo mais forte da Europa.

Tem jogadores habituados a competir ao mais alto nível do basquetebol europeu e que pelos resultados obtidos no passado é esperada uma boa prestação e com legítimas aspirações de subida à Divisão A.

Contudo a convocatória para esta época trouxe muitas surpresas com a entrada de alguns jogadores com potencial mas com a saída de alguns dos jogadores mais importantes de 2006. As ausências dos bases Alexandre Coelho e Diogo Moisão, o extremo Oscar Pedroso e o poste Gil Cruz causam algum espanto a quem acompanha os escalões etários mais jovens.

Apesar de ser uma selecção que poderá passar por alguma dificuldade em termos ofensivos consegue mesmo assim ter um grupo de jogador com alguma versatilidade no entanto as armas desta equipa são a defesa e a transição defesa-ataque.

Analisando por posições temos:

Bases: Talvez a posição mais frágil desta selecção. Julgo que contra selecções que optem por pressões mais altos iremos passar por algumas dificuldades. Dos três seleccionados apenas José Barbosa (Oliveirense) esteve presente no Europeu de 2006 e era o 3º base da equipa. Comanda bem o jogo ofensivo da equipa e consegue lançar com eficácia do exterior. As alternativas são Pedro Catarino (FC Porto) e Eugénio Silva (FC Barreirense) que são jogadores mais atléticos e com um potencial físico acima da média mas com falta de experiência a este nível. Existe ainda como alternativa Diogo Correia que teve alguns minutos nesta posição esta época numa tentativa de adaptação.

Extremos: A jogar nas posições exteriores temos alternativas para todos os gostos. Diogo Correia (SL Benfica) é um marcador de pontos, tem facilidade de lançamento e é rápido nas saídas para o contra-ataque. Filipe Pinheiro (FC Barreirense) é a grande surpresa da convocatória. Agressivo e extremamente rápido já a conseguir para já causar dor de cabeça ao seleccionador Prof. Álvaro Amiel e não surpreenderá se surgir a jogar no 5 inicial. Como outras alternativas temos Tiago Raimundo (FC Barreirense) um jogador versátil e excelente defensor, e por último Marco Rosa (Ginásio Figueirense) um jovem conhecido pelo seu tiro de longa distância e valioso em termos defensivos.

Postes: A equipa para as posições mais próximas do cesto apesar de não ter os centímetros de alguns adversários, compensa com um leque de jogadores interiores diversificados e bastante versáteis. João Soares (AD Ovarense) é um jogador de 2,00m com capacidade para jogar nas posições exteriores onde é utilizado por diversas vezes. É bastante completo ofensivamente e duro em termos defensivos, apenas precisa de se controlar melhor no aspecto psicológico. Conta com a ajuda de Miguel Queiróz (FC Barreirense), um jogador incasável e que tecnicamente de costas para o cesto é o jogador nacional com mais argumentos e que alterna com o seu preciso tiro exterior.  Temos ainda João Guerreiro (FC Barreirense)  que tal como João Soares consegue causar grandes dificuldades aos adversários por conseguir ser efectivo tanto no interior como no exterior. O atlético André Pereira (FC Porto) é uma preciosa ajuda na luta das tabelas assim como em termos defensivos e que apresenta em termos ofensivos uma considerável melhoria do lançamento de média distância. Por último o “saltitão” João Torrié (SC Vasco da Gama) que é um lutador nato e com umas capacidades físicas bem acima da média e que tem nesta convocatória um justo prémio ao seu trabalho na última época. Juntamente com Queiróz são os únicos representantes da geração de 1991 neste Campeonato da Europa.

Possível 5 inicial:

José Barbosa, Diogo Correia, João Soares, João Guerreiro e Miguel Queiróz.

 

Os adversários:

Portugal integra nesta 1ª fase o Grupo C e é composto pelas selecções da Polónia, Bielorrússia, Roménia e Inglaterra.

 

Do que se conhece destas equipas a Polónia deverá ser o adversário mais forte nesta 1ª fase da competição. Composta por jogadores de estatura elevada tem no trio composto pelo base Piotr Pamula, o extremo Jaroslaw Mokros e o extremo/poste de 2,09m  Jakub Wojciechowski a sua grande arma. É juntamente com a nossa selecção a grande candidata ao 1º lugar do grupo.

 

A Inglaterra que já bateu Portugal na final do Torneio de Chersbourg, será concerteza um grande quebra-cabeças para os jovens lusos pois jogadores como o poste Jamie Glen, o extremo Bradley Wilkinson ou o base Andrew Wallace que joga no Dijon de França são uma garantia que a equipa de terras de Sua Majestade não irá à Roménia em passeio.

A Bielorrússia é completamente desconhecida pois é a primeira vez que este grupo de jogadores enfrenta um Campeonato Europeu. É uma equipa que não tem jogadores de grande estatura e que apesar de ser da escola de leste em princípio não alcançará grandes resultados.

A Roménia apresenta nesta edição uma selecção bem mais fraca do que o normal. Vai depender muito do que homens como Alexandru Epure ou Cristian Corneanu que são as suas principais referências possam vir a fazer. Aposto numa luta com a Bielorrússia pela fuga ao último lugar do grupo.

Os dois primeiros lugares do grupo darão acesso à fase de disputa pela promoção. Os restantes lugares jogarão uma fase de classificação para se apurar a tabela classificativa final.

Os principais favoritos à vitória  na prova e à promoção para a divisão A são vários pois é uma geração de selecções com algum equilíbrio de forças.  Rep. Checa, Montenegro, Georgia, Bósnia-Herzegovina, Finlândia, Polónia e claro… Portugal são as equipas com maiores probabilidades de conseguir discutir o título.

Pedro Oliveira