A seleção nacional de sub-18 viu-se afastada da luta pela promoção à divisão A do Campeonato da Europa ao perder com a Bélgica por 43 – 65.
Apesar de ainda poderem ficar com os mesmos pontos do 2.º classificado, caso a Bielorrússia bata a Bélgica no derradeiro jogo do grupo D, os portugueses já não têm hipóteses de apuramento para o conjunto de oito equipas que vai discutir o título da divisão B porque é a equipa com a pior diferença entre pontos marcados e sofridos das três que podem ficar empatadas. Portugal vai agora discutir uma lugar entre o 9.º e o 16.º da classificação final.
À semelhança da partida anterior, frente a Montenegro, os jovens lusos voltaram a ter na baixa eficácia ofensiva o seu “calcanhar de Aquiles”. A lançar com percentagens de 28.2% de dois pontos, 25% de três e 46.2% de lance livre é muito difícil vencer uma partida, principalmente a nível internacional.
Com tantas dificuldades ofensivas, que não se podem desligar da boa defesa dos belgas, Portugal conseguiu apenas 43 pontos. Contudo, não se pode acusar os jogadores de falta de entrega. A seleção nacional equilibrou o jogo em quase todos os indicadores, nomeadamente ao nível do ressalto (42 contra 43 da Bélgica), mas a falta de pontaria traiu a equipa liderada por Carlos Seixas.
O jogo até começou de feição para os portugueses, que se viram a ganhar por 11 – 7 a três minutos do fim do 1.º período. Foi aí que começaram as dificuldades em colocar a bola no cesto, Portugal falhou os oito lançamentos seguintes e permitiu que o seu adversário fizesse um parcial de 11 – 0, tomando o comando do marcador.
Impulsionados pelo bom contributo de Benvindo Mendes, que saltou do banco para marcar 11 pontos e conquistar quatro ressaltos, a equipa das quinas ainda conseguiu voltar a igualar a partida a 22, mas um novo parcial de 14 – 1 (durante o 2.º e 3.º períodos) favorável aos belgas colocou a diferença entre as equipas na casa das dezenas.
Mas Portugal não desistia e voltou a encetar uma aproximação e chegou ao último período a perder apenas por cinco pontos (34 – 39). Mas as esperanças de Portugal esbarraram nos três triplos consecutivos que a Bélgica converteu no início do 4.º período. A distância voltou a abrir e os portugueses já não tiveram tempo nem pernas (lembre-se que Portugal jogou todas as partidas de forma consecutiva) para voltar ao jogo e acabou por sofrer uma pesada derrota que não demonstra a real diferença entre as duas equipas e as dificuldade que a Bélgica sentiu nos três primeiros períodos de jogo.