Valorizar a educação

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Valorizar a educaçãoEntrar num pavilhão para assistir a um jogo de basquetebol dos escalões de formação ou falar com uma criança, que está a participar num convívio de minibásquete são normalmente fontes de inspiração para escrever os meus artigos.

Hoje vou falar de dois episódios do fim-de-semana de 9 e 10 de Novembro, que por um lado muito me agradaram e por outro me fizeram reflectir. O primeiro foi no jogo de Mini-12 no sábado entre o Clube Desportivo Escolar Francisco Franco (CDEFF) e o Grupo de Basket Atlântico (GBA), que por escassez de juízes foi arbitrado pelo prof. João Silva, a quem eu desde já publicamente agradeço, toda a colaboração que me deu nesse convívio de minibásquete.

Nesse jogo o João Silva deu, erradamente, uma bola fora para a equipa do CDEFF. Foi então que eu presenciei à atitude do João Henrique, jogador do CDEFF, dirigir-se ao seu treinador o João Silva, e informar que tinha sido ele o último a tocar na bola. Prontamente o João Silva corrigiu a sua decisão. Este simples gesto é bem elucidativo da educação e valores, que os pais do João Henrique certamente, lhe querem transmitir.

Não é uma verdade absoluta, há muitas variáveis para tentar compreender a má educação duma criança. Como pai e avô e treinador de muitas crianças, sei que há crianças, mais fáceis e crianças mais difíceis. Contudo muitas vezes, quando vejo uma criança mal-educada, penso cá para os meus botões, a culpa se calhar não é tua, é dos teus pais que não te sabem educar. Reforço que este meu sentimento, não é uma verdade absoluta, até porque conheço situações de pais, que segundo os meus critérios tem comportamentos completamente inadequados e os seus filhos, são surpreendentemente bem-educados. Também já assisti ao inverso mas convenhamos, a probabilidade dessas situações acontecerem é bem menor.

Já no domingo no convívio dos minis-8 perguntei a uma criança, em que clube é que tu jogas a resposta foi surpreendente, jogo lá fora. Não nego a importância de pertença de filiação a um clube, mas uma vez mais o que é mais importante para a criança é jogar. A criança não sabia identificar o clube em que jogava, mas sabia onde treinava, o que para ela era jogar? Para saber quais são os verdadeiros interesses e necessidades das crianças, quão importante é saber ouvi-las.

PS: Aproveito para agradecer aos encarregados de educação a adesão que tem tido na participação do “Pais e filhos” que tenho promovido nos dias dos convívios destinados aos mini-8.