Havíamos anunciado para hoje: "Saibamos orientar a bússola (II)". Só que, subjacentemente a esse título, pareceu-nos mais apelativo rumarmos para: "Formação do jogador e liderança".
Indo ao encontro das preocupações de vários companheiros que, quer neste espaço, quer noutros igualmente visíveis, se têm vindo a expressar relativamente à ausência de medidas concretas, para o desenvolvimento da modalidade e que permitam a valorização do praticante e, consequentemente, do nível da prática do jogo.
Pela nossa parte, a reforçar anteriores escritos, tivemos oportunidade de o referir em artigo publicado em 07 de Abril de 2016: "Valorizemos o praticante".
Mais se justifica esse caudal de preocupações, se tivermos como ponto de partida o que o DTNacional teve oportunidade de nos transmitir no périplo que, imediatamente a seguir à tomada de posse, efetuou pelas diversas Associações do País:
"A formação de jogadores/as constitui para a DTNacional o mais importante assunto/problema do nosso basquetebol, sobre o qual é urgente intervir, de forma organizada e coordenadamente".
Ainda alicerçada nesta curta mas importante mensagem: "Só encontraremos algum caminho com uma base de compromisso".
E essa base de compromisso terá, então, quanto a nós a ver com a "Formação do jogador e liderança".
Situemo-nos apenas em dois exemplos: o primeiro, relativamente ao selecionador nacional de sub-16, masculinos, António Paulo Ferreira, a quem foi atribuída a responsabilidade de coordenação do Percurso de Formação do Jogador, e que, em documento já publicado, evidencia a "Estrutura das Etapas de Formação":
Minibasquete | Fidelização | Geral / Básica |
Sub-14 | Iniciação | Fundamental |
Sub-16 | Orientação | Construção |
Sub-18 | Especialização | Ligação |
O outro, a ver com a intervenção do companheiro José Sá, a quando do Clinic Internacional de Setúbal/Junho 2016: "Estratégias de liderança no projeto de formação de jogadores".
Intervenção que, a dado passo, refere com sentido de oportunidade: "Liderar implica fazermos nós próprios o que os jogadores querem que seja feito por eles".
E que, numa alusão a Luís Caeiro: "Programa Avançado de Gestão para Executivos", 2014, nos transmite: "Liderar é conseguir que os nossos colaboradores queiram fazer por si próprios o que queremos que seja feito".
Daí que nos apeteça formular a pergunta, cuja resposta tarda: Para quando uma verdadeira planificação, com propósitos práticos, para ser aplicada no terreno?"
Importará também ter presente as propostas que, nesse âmbito, a ANTB apresentou à FPB, para aguarmos calma e serenamente que medidas possa vir a ser desencadeadas para a resolução do "mais importante assunto/problema do nosso basquetebol".
Equacionadas e definidas as diretrizes no caminho a percorrer para a formação do jogador, estará a constituir o maior obstáculo o estilo de liderança a exercer, de acordo com as premissas enunciadas?
Conhecidos os dois grandes estilos de liderança eficazes, que terão a ver com a a autoridade a exercer e de como influenciar as pessoas: o estilo diretivo e o estilo participativo (ou democrático), fiquemos com a esperança de que, não obstante o tempo urgir - por razões óbvias (servindo uma causa e não ao sabor de certas conveniências, de há muito instaladas) - o nosso basquetebol se saberá reerguer.
Enquanto aguardamos - só a paciência do chefe Ivan! -, voltamos a solicitar um time out, pelo menos até ao Clinic Internacional de Cantanhede - 24 e 25 de Junho próximo.
Até lá, e bom Basket!