A sério?

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A sério?Está a terminar a época de 2018/19, mas em termos minibásquete ainda temos pela frente o Minicesto, a Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira e o Jamboree em Mirandela. Não vou narrar todos os episódios, o empenho e o tempo,

que durante este ano consumi para tentar ajudar a resolver a questão das arbitragens do minibásquete desde que estou aqui na Madeira. Preferia ter gasto as minhas energias e o saber da minha experiência noutras vertentes deste universo destinado à prática desportiva infanto-juvenil. Mas as coisas são o que são.

A nível da arbitragem, apenas vou referir, que desde que o Conselho de Arbitragem da ABM em boa hora, decidiu colaborar com o minibásquete, passei a ter a vida facilitada. Os adultos, encarregados de educação e treinadores deveriam perceber que a Madeira, é tanto quando sei senão um caso único, pelo menos raro, em todo o país. Se há alguém, a quem tirar o chapéu, no contributo que estão a dar para a melhoria do minibásquete aqui na Madeira são os árbitros. Neste campo a Madeira está certamente muito à frente no país.

Apesar de termos uma situação de privilégio, ainda assim há alguns adultos, que continuam a centrar-se fundamentalmente, na questão da arbitragem, como se o problema do desenvolvimento do minibásquete e da evolução dos praticantes estivesse neste sector.

Já há muito que defendo, que o principal inimigo da actividade desportiva infanto-juvenil dá pelos nomes de horários escolares, sedentarismo e diminuição da população mais jovem. Contudo, como essas questões passam por decisões políticas estruturantes, poderemos e deveremos fazer um alerta, mas não está ao nosso alcance resolvê-las. Deste modo tento olhar para campos onde se todos quisermos, poderemos melhorar.

O problema do desenvolvimento do minibásquete também está na falta de espaços, na falta de treinadores e na melhoria da qualidade de intervenção nos treinos e nos jogos por parte dos treinadores.

Para mim, que mais do que estar focado nos resultados imediatos dos jogos, estou focado na evolução dos praticantes, não consigo olhar para os jogos de minibásquete, como se tratassem de finais de campeonatos do mundo de seniores.

Termino como comecei a minha intervenção no Clinic organizado no último fim de semana pelo amigo João Freitas. Será que, aqui na Madeira, o problema do desenvolvimento do minibásquete eu diria mais do basquetebol de formação está nas arbitragens? Como estou no universo das crianças vou responder com a sua usual irreverência: A sério?

 

 
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