Mudar a competição é importante?

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Mudar a competição é importante?As classificações das Festas merecem uma reflexão mais aprofundada, e não passam apenas pela reorganização da competição. Estas passam por transformações mais profundas, como a reorganização geográfica e administrativa do basquetebol e alteração de escalões.

Mas como estes são temas muito sensíveis, sobre os quais, muitos não querem falar e poucos ousam abordar, vou-me cingir a sugestões de alteração no quadro atual.

Contudo antes de abordar o tema das alterações competitivas das Festas do Basquetebol em Albufeira, começo por dar os parabéns às seleções finalistas do evento, nomeadamente da ABL que logrou alcançar três vitórias em 4 finais, à ABP que marcou presença em três finais e ao vencer a competição das SUB-14 femininas não permitiu que Lisboa alcançasse um feito inédito de vencer em todos os escalões e finalmente uma palavra para a ABA, que não permitiu que as finais fossem todas, entre as duas Associações com mais praticantes no país Lisboa e Porto.

Antes de passar à minha sugestão, gostaria que ficasse bem claro, que mais decisivo que alterar a competição seria modificar o contexto e os apoios que são dados ao interior do país, se verdadeiramente queremos um basquetebol de expressão nacional e não apenas de expressão litoral.

No contexto atual, passemos então à minha sugestão, que não é de hoje. O campeonato inter-selecções distritais/regionais, designado Festa do Basquetebol Juvenil, pelos motivos evocados no meu artigo anterior passavam a ter por escalão uma fase de acesso disputada pelas seleções que na última edição se classificaram do 15º lugar ao 18º lugar. Estas quatro competições uma por cada escalão seriam disputadas, no período do Carnaval, com apoio da Federação, num dos distritos das quatro seleções envolvidas. As duas primeiras classificadas teriam direito a participar nas Festas do Basquetebol em Albufeira.

Este facto obrigava estas seleções a lutarem pelo acesso e não tinham a sua participação de mão beijada, muitas das vezes sem terem de selecionar ninguém.  Não iriam passar apenas uns dias ao Algarve para serem “massacradas” pelas outras seleções. Uma vez chegados à festa teriam de lutar para não ficarem em 15º e 16º para não terem de passar no ano seguinte pelo mesmo processo. Se criamos motivos de superação para os mais fortes, alcançar um lugar no pódio; porque não criarmos, motivos de superação para as seleções mais fracas, alcançar um lugar em que garanta a sua manutenção. Todas as seleções presentes teriam de se esforçar por algo, todas eram obrigadas a estarem mais preparadas e com isso todos teriam mais possibilidade de evoluir. Respondendo à questão inicial, mudar de competição é importante? Embora tenha feito esta sugestão, para mim era mais importante mudar o contexto. Para a semana que vem vou abordar o tão badalado nesta edição da Festa do tema do horário das finais.

 

 
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