Em argumentação à evolução das regras dos diferentes desportos de equipa, poderemos dizer convictamente, que o Basquetebol, desde a sua origem, procurou fazer evoluir as suas regras
em função do que o jogo pedia enquanto espectáculo desportivo. Às gentes do Basquetebol jamais poderemos tecer acusações de conservadorismo quanto às regras do jogo e de falta de visão quanto ao produto Basquetebol que sempre procuraram oferecer aos amantes do desporto de equipa.
Contudo, parece não haver a mesma lógica relativamente à evolução do jogo praticado por uma criança, comparada que seja com o jogo praticado pelo adulto. E se nos centrarmos na questão do lançamento ao cesto, menos comparação deveremos fazer. Não tem havido, de uma forma geral preocupações regulamentares para com o jogo dos principiantes, dos que nele iniciam a prática desportiva e nos que se preparam para se especializarem.
Se olharmos para as marcações oficiais dos campos de basquetebol constatamos que apenas diferem a que se destinam ao Minibasquete. Quer pela altura das tabelas, quer pelas dimensões do campo. Será que apenas esta diferenciação é suficiente, perante tanta heterogeneidade de praticantes, para que possamos encarar o processo de formação do jogador de basquetebol como harmonioso e ajustado?
Como seria a evolução técnica e tática de um jogador, caso tivesse sido exposto, no seu percurso de formação, a várias adequações espaciais para jogar Basquetebol?
No país onde a modalidade foi inventada, concluíram os pensantes do jogo, que a distância mínima a que se pode lançar de 3 pontos, o tamanho da bola e as dimensões do campo, deveriam servir as necessidades dos praticantes. Assim como o tempo de posse de bola no ataque, pois, neste país parece privilegiar-se a construção consistente do processo ofensivo e defensivo.
No Basquetebol da FIBA parece não haver preocupações a este nível, verificando-se apenas em atividade pontuais ajustamentos às marcações oficiais.
Seria interessante em Portugal podermos transformar o percurso evolutivo do jogo em algo construtivo e apelativo a quem aprende e se fideliza ao jogo. Para tal até poderíamos rentabilizar muitos recursos já existentes. Nesta medida partilho uma lógica de campo de Basquetebol para três estádios de evolução do praticante: minibasquete, sub-14 (iniciação desportiva), sub-16 e seguintes.
Pode ver o artigo "As regras de que jogo?" em pdf, aqui.