Ler o jogo não é propriamente uma actividade intelectual similar à aprendizagem da língua materna ou à tradução em sons das notas musicais de uma partitura. À partida, duas grandes diferenças:
- O tempo disponível e a área de acção são impostos pelos adversários;
- O jogo provoca emoções e cansaço físico que condicionam as respostas.
Ler e decidir quando o corpo não está em acção não é comparável à situação real do jogo porque aqui há influências de estratégias e tácticas do treinador, níveis de fadiga e de ansiedade e a própria oposição dos adversários que limitam decisões adequadas e o tempo de execução.
Em simultâneo, há que adivinhar intenções, procurar criar ou negar espaços, interpretar sinais ou indícios para decidir e agir em função das análises efectuadas.
Alguns jogadores, pelas suas capacidades físicas e valor técnico, poderão atingir níveis razoáveis mas, nunca níveis de excelência; outros, poderão compreender o jogo mas, nunca serão capazes de dar respostas adequadas por falta de capacidades técnicas.
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Comentários
Um bom treinador não é aquele que ganha porque tem "cracks", mas sim, aquele que com jogadores medianos consegue fazer com que em campo tenham a vontade, a garra ,o querer dar tudo pela equipa.