Ser treinador tem tanto de difícil como de gratificante. Por tudo aquilo que fomos escrevendo ao longo desta iniciativa dos Cem Anos Cem Nomes percebe-se
o papel relevante que os treinadores tem no desenvolvimento da modalidade. Como afirmámos, os dirigentes para desenvolverem os seus projectos tem de se rodear de bons técnicos porque não há boas aprendizagens e boas equipas sem técnicos competentes. Não é, certamente por acaso, que as nomeações dos treinadores foram as mais visitadas (mais visitadas inclusivamente que as nomeações dos jogadores).
Quantos jovens e praticantes, quantos jogadores foram influenciados pelos seus treinadores, e aqui não estamos apenas a falar dos treinadores nomeados, estamos a falar de centenas e milhares de treinadores, muitos deles desconhecidos. O comentário do João Ribeiro é bem elucidativo do que estamos a referir:
“Uma das coisas bonitas e gratificantes desta iniciativa foi o facto de nos levar a recordar pessoas que marcando a história do Basquetebol Português nos influenciaram positivamente no nosso percurso na modalidade.
Assim terei de ir ás Origens e agradecer ao Vitor Sepodes por me ter incutido, no Minibasquete, uma paixão pelo jogo que perdura e perdurará.
Ao Carlos Faria Marques que, embora aprendiz de Treinador na altura (Realizava o Centro de Treino do ISEF), me ensinou e aos meus companheiros os Fundamentos do jogo e o gosto pelo treino e aprendizagem.
E ao José Carlos Miranda que com o seu saber e competência conseguiu proporcionar à equipa senior a que pertenci, sucesso desportivo, fundamentos, confiança e uma enorme valorização como homens. Com José Miranda foi-me possível bem como ao Xavier Silva e Tony Pedro construirmos a nossa identidade como treinadores mantendo viva a mestria e conhecimento prático que nos transmitiu. A todos o meu forte Agradecimento.”
Um treinador não passa pela vida de um jogador sem deixar uma marca. A sua maior responsabilidade é que essa marca seja positiva, como foram para o João Ribeiro as marcas deixadas por Vitor Sepodes, Carlos Faria Marques e José Miranda.
Não será certamente possível quantificar todos os que foram de uma foram ou outra influenciados pelos treinadores eleitos. Eis os seus nomes:
- Adriano Baganha
- Alberto Martins
- Armelindo Bentes
- Carlos Bio
- Eliseu Beja
- Hermínio Barreto
- Jorge Adelino
- Jorge Araújo
- José Curado
- José Sousa Esteves
- Luís Magalhães
- Luis Pina
- Manuel Campos
- Mário Barros
- Mário Gomes
- Mário Lemos
- Mário Palma
- Olímpio Coelho
- Teotónio Lima
Comentários
A todos os treinadores nomeados o meu obrigado pelos ensinamentos que deixaram e ainda deixam.
Parece-me que, mesmo havendo muitos mais treinadores de reconhecida competência não incluídos os nomeados dignificam e muito a grandeza e o contributo do Basquetebol para aquilo que é SER TREINADOR, essencialmente através do seu exemplo. Nesse sentido a listagem final tem uma representação ética que nos deve orgulhar a todos.
Mas o maior desafio está lançado à equipa do Planeta Basket: explorar as "Lendas" do Basquetebol Português. Aí meus amigos, há caminho para se construir um espólio de informações, depoimentos e fotografias capaz de encher por completo o Museu do Desporto numa exposição temática de grande nível.
Um abraço para ambos
Por outro lado, calculo, julgo mesmo que sei o difícil que terá sido escolher, portanto peço que não entendam este comentário como uma crítica, mas sim como um acto de justiça e como uma singela homenagem.
Na minha opinião, que vale o que vale, falta nesta lista um nome incontornável, uma verdadeira referência do que é SER TREINADOR: Carlos Teigas!
Carlos, espero que não te zangues comigo... Aquele abraço!