Aos 10 anos, estudava no Liceu D. Ana da Costa Portugal em Lourenço Marques (Maputo), Moçambique e a minha professora de Educação Física,
Regina Peyroteu, uma das melhores jogadoras de basquetebol naquele tempo, costumava levar a nossa turma a participar em torneios inter escolas.
Daí, até dar o salto para a Académica, cujo treinador era o Diogo Amoroso Lopes, não durou muito.
Nessa altura (1968/69), realizavam se nas férias escolares os Torneios de minibasquete da Coca Cola (Julho/agosto) e do Milo (Dezembro/Janeiro).
Torneios inesquecíveis!
Eram organizados para rapazes e raparigas entre os 8 e os 13 anos, mas tinham umas características muito próprias:
- As equipas que participavam não podiam ter o nome dos clubes que representavam. Podiam chamar – se “panteras”, “lobos”, “girafas” etc, para retirar peso clubístico ao Torneio.
- No fim de cada jogo, todos os jogadores recebiam uma coca-cola ou um copo de Milo (leite achocolatado).
- Os equipamentos fornecidos pelos patrocinadores eram às cores e pouco tinham a ver com o clube donde vinha a equipa.
- Os “treinadores” eram jovens que jogavam nos escalões acima e a quem se dava o nome de “MONITOR”.
- Os árbitros que eram também jovens eram os “AMIGOS”.
- Havia prémios para o 1º lugar- bicicleta; 2ºlugar – relógio e 3º lugar – fato de treino.
A alegria, a cor, a amizade, o divertimento de passar tardes inteiras ao ar livre a jogar, são momentos que recordo com muita satisfação.
Hoje sei, que não há outra atividade como a desportiva e neste caso em particular o basquetebol, (porque foi a que pratiquei) que consiga transmitir tantos valores e ensinamentos fundamentais, que influenciam a nossa vida. Foram tão importantes para mim, que não hesitei quando se tratou de educar as minhas filhas.
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Flávio Gomes pai do Josué do GDEMAM.