Ao contrário do desejo de muitos, que receiam a mudança, e que querem que depois desta pandemia tudo fique na mesma, nada será como dantes, nem o futuro. O turbilhão de pensamentos que baila na minha cabeça, balança entre tentar compreender as grandes transformações,
que esta situação irá certamente provocar na sociedade em geral e no basquetebol em particular e as implicações que isso terá nas nossas vidas e comportamentos.
Por mais que me esforce, e por mais de gostasse de poder apresentar grandes estratégias, grandes perspectivas e caminhos para tornar o basquetebol na modalidade de pavilhão com maior divulgação e impacto social, os meus pensamentos atropelam-se e não consigo ainda arrumar as minhas ideias.
Como será o basquetebol daqui para frente, saberá encontrar soluções para superar esta profunda crise e relançar a modalidade nesse desígnio tão ambicionado de se tornar na modalidade de pavilhão mais importante. Será que o caminho é o regresso assim que possível aos pavilhões ou retomar a prática, bem sei que com menores condições, em campos ao ar livre? O que é mais importante conquistar os pavilhões ou retomar de uma forma o mais alargada possível a prática? Sinceramente não sei.
Tenho pensado nalgumas sugestões, e feito algumas propostas pontuais, mas enquanto não encontro respostas para o turbilhão de dúvidas que assolam a minha cabeça vou pensando nas pequenas implicações, que o depois de covid terão no ensino do minibásquete. Assim a título de exemplo, e nalgum tom de brincadeira, penso que será mais fácil do que nunca explicar o distanciamento que devem ter uns dos outros e compreender o que o jogo pede, o que nos ajuda a resolver o problema da aglomeração.
Todas estas considerações nasceram ao ouvir uma das minhas canções preferidas do Zeca Afonso que começa com: "amigo maior que o pensamento por essa estrada amigo vem" e termina "em sonhos me visitaram traz um amigo também."
Mais do que nunca temos que saber sonhar, ser maiores que o pensamento e ter a capacidade de trazer um amigo também.
Comentários
Tudo ficar na mesma, acho que não.
Nada será como dantes não sei.
O futuro o dirá.