O discurso não é suficiente
 
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O discurso não é suficiente

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O discurso não é suficienteCom este artigo vou terminar esta sequência de reflexões, que tenho vindo a publicar, sobre uma eventual nova divisão geográfica e administrativa do basquetebol. Gostaria que ficasse muito claro que nesta sequência de artigos não tenho qualquer outro interesse,

para além de partilhar o que penso. Nada me move contra ninguém e não tenho qualquer espécie de ambições em nenhum cargo. Como já escrevi, quando deixei a Madeira, nesse momento, coloquei um ponto final no basquetebol institucional. Contudo, contribuir para que mais jovens pratiquem basquetebol, como um dos pilares decisivos e fundamental para desenvolvimento da modalidade, permanece nas minhas cogitações.

Durante quase 20 anos percorri quase todos os cantos do país onde há, ou infelizmente já houve, minibásquete. Conheço o minibásquete do país, “in loco”, como certamente poucos conhecem. Agora gozo a minha reforma, sem vínculo a nenhuma instituição ou organismo. No entanto, continuo a ter muito prazer em transmitir benevolamente um pouco da minha longa experiência, sempre que os muitos amigos solicitam a minha presença. Pus ponto final nas ligações institucionais, mas não deixei de pensar; e o Planeta Basket tem sido o canal de comunicação, que me tem possibilitado, ter um espaço privilegiado para a exposição das minhas reflexões.

O discurso oficial é o de criar condições para que haja o crescimento e desenvolvimento da modalidade em todo o território nacional. Esse é o discurso oficial, mas quais são as ações concretas? Qual é o rumo e quais são as medidas concretas para se alcançar esse desígnio? O discurso não é seguramente suficiente, ações concretas são necessárias. A eventual possibilidade de se desenvolver um plano estratégico, com os critérios enunciados no artigo anterior e outros que possibilitem configurar o país basquetebolistico de acordo com as suas características e necessidades, implica igualmente incluir alguns princípios e uma filosofia em que:

  • O grande desígnio seja o verdadeiro interesse do crescimento e desenvolvimento da modalidade em todo o território nacional;
  • Os interesses da modalidade estejam acima de interesses mais pequenos;
  • A capacidade de pensar na modalidade, pensando globalmente e pensando em todos, respeitando as características geográficas do país.

Isto implica desenhar um plano de reorganização geográfica, e a criação de uma equipa pluridisciplinar, que inclua entre outros, pessoas com competências ao nível da prospecção, marketing, comunicação, geografia nacional, educação, captação e fomento da modalidade, formação, especialização e rendimento.

Se queremos, mais uma vez, ser inovadores, como já fomos no âmbito do desenvolvimento desportivo, nomeadamente ao nível da formação de treinadores e criação da extinta liga profissional, temos de arriscar. Caso contrário a modalidade será eternamente criticada, como a federação, que simplesmente quer manter as coisas como estão. E que se acomoda com a melhoria do basquetebol praticado na liga, um canal de televisão em “streaming”, algumas transmissões em canal aberto e alguns feitos ao nível das selecções nacionais.

 

 


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